Recebi este texto da ILDA que publico com muito gosto. É que ela tinha, e parece que ainda tem, um sonho...
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Eu tinha um sonho...sair da IBM e ir para África fazer voluntariado. No entanto, a vida dá voltas e, mal saí, tive a alegria de ser avó e senti que devia ficar para dar apoio. Depois, um problema de saúde complicado impediu-me de o fazer, mas não me tirou o gosto que sempre tive pela Vida e por, quando ao meu alcance, me empenhar para que as coisas aconteçam.
Não fui a África, mas tive a alegria de, no início do Verão, a minha filha Rita, de 31 anos, me comunicar que tinha tudo tratado para ir com uma amiga de escola, a Clara, trabalhar, durante 3 semanas numa ONG no Quénia. Este projecto nasceu do sonho de uma Mulher de 54 anos, que o conseguiu concretizar e que luta por ele cada dia. Trata-se de um orfanato que acolhe 14 crianças a quem ela quer como filhos, onde vai sempre que lhe é possível e que sobrevive com as contribuições que consegue angariar.
Foi para esta casa de muitos filhos que a Rita e a Clara partiram na madrugada de 4 de Agosto. Levavam uma pequena mochila com roupa e uma grande mochila com o que conseguiram juntar para tornar mais alegres os dias daquelas crianças.
As duas reportagens que fizeram no local e que me enviaram valem mais do que palavras e eu estou feliz e orgulhosa do empenho que puseram naquela causa.
Eu, que vendi pirilampos na IBM e coordenei as campanhas de recolha de sangue, e tive sempre de todos o melhor acolhimento, venho agora apelar de novo à vossa generosidade até porque, sendo a maior parte de nós já avós, estamos mais sensíveis para estes problemas.
Todos os meses a Laura, responsável pelo projecto (ver aqui o site deles), tem de enviar 1100 euros, o que significa muitas noites sem dormir por não saber onde os arranjar. ACREDITO que nós, que gastamos tanto dinheiro em futilidades podemos ajudar.
Peço a todos os que pretendam aderir que me contactem (o meu mail é ildammarques@gmail.com ) e me digam com quanto querem contribuir.
Prometo ir lá assim que me for possível e mandar-vos fotos daquelas crianças que precisam de todos nós.
Ao Fernando Redondo, a quem enviei as reportagens, agradeço a prontidão com se disponibilizou para as fazer chegar a vós. Apesar de já estarmos fora daquela que foi durante muito anos a nossa casa, é bom sentirmos que continuamos a poder contar uns com os outros.
Um grande abraço
Ilda Maria Marques
Natal?
Há 8 horas
6 comentários:
Minha querida Amiga Ilda, que bom ouvir-te nesta faceta da solidariedade !!!
Apraz-me sobretudo constatar que da IBM Portugal floresceram vários colegas empenhados em contribuir para um mundo melhor através das crianças.
Crianças portadoras de deficiência ou apenas (!?) porque a vida não lhes sorriu como a nós ...
Porque vítimas de guerras ou simplesmente porque sim ...
Minha querida Amiga, sensibilizas-me com este teu sonho e ainda bem que tens uma Rita que te segue as pisadas ! Talvez o mundo não se perca totalmente enquanto houver gente boa ....
Eu também me tenho dedicado, ainda que modestamente, nesta missão de solidariedade e julgo que posso dar-te o braço nesse desiderato.
Eu participo de num grupo de entusiastas pelo karting onde, além de praticante sou também o dinamizador das actividades.
Já conseguimos oferecer cadeiras de rodas eléctricas , computador e material adequado a crianças portadoras de paralisia cerebral.
Neste momento estamos a tentar dinamizar uma ajuda à Vera Silva ( criança de 3 anos que foi literalmente esmagada por um automóvel que se despistou e a esventrou e lhe ocasionou a amputação de uma perna ) mas, creio, conseguiremos sensibilizar mais pessoas para outras causas.
E porque não a tua causa ?
Deixo-te a manifestação de querer participar contigo nesse projecto pelo que vamo-nos mantendo em contacto para afinar estratégias, valeu ?
Se quiseres, contacta-me pelo aicrag.sotam@gmail.com , ok ?
Um beijo,
Garcia de Matos
Os parabéns ao Abílio e à Ilda!
Eu, mais egoista certamente, tenho-me dedicado a voluntariados mais fúteis mas tb faço parte da Associação de Gereontologia de Algés.
Para mim, os velhos são um grnade problema porque ... nunca despertam tanta solidariedade e carinho e há tanta solidão, tanta doença e tanta falta de meios entre eles...
Também por aqui, região de Algés , se aceitam voluntários para darem assistência a esta associação.
Um abraço forte a todos
Que bom querido Amigo o teu comentário! Bem-hajas pelas tuas palavras e as minhas felicitações por tudo o que tens feito. Já uma vez tentei meter-me contigo por causa dos teus lindos cabelos brancos que conseguem tornar-te ainda mais charmoso (!), mas, como sou uma naba a mexer nestas tools, perdi tudo e tive preguiça de reescrever...Só não publico a minha foto para te fazer concorrência, porque preferia ter o privilégio de participar num almoço de confraternização.
Eu, desde há 4 anos que faço aquilo que era para ter feito se não tivesse tido o ensejo de entrar na nossa casa de 3 letras, dar aulas. Primeiro, dois anos de Português numa associação de emigrantes, depois, uma semanita no hotel perto da IBM – CUF Descobertas - onde fui operada a uma nevralgia do trigémio (maleita rara e saborosa...). Como tenho limitações a falar e a comer por causa de um tratamento que fiz (nada que não tenha sido vantajoso, pois passei a enviar msgs pelo TM e estou uma elegância...) passei a dar uma vez por semana Literatura Portuguesa na Universidade da Terceira Idade do Lumiar (3ª. Idade ali é sinónima de juventude...), trabalho que considero muito gratificante.
É bom saber que continuamos em sintonia e atentos ao que nos rodeia.
Já agora, aos que lerem este comentário, gostaria de informar que o NIB da instituição, ADDHU, é o 003800880053694977155. A responsável passa recibo que serve para descontar no IRS, bastando para tal darem-me o nome, morada e número de contribuinte. Atrevo-me a sugerir o envio de uma quantia ainda que pequena, numa base mensal, assim como se enviássemos a uma criança todos os meses um pequeno cabaz de alimentos.
Um grande abraço para ti e até breve
Ilda Maria
Querida Amiga, os meus parabens a tua filha pelo sua entrega tão generosa, e a ti por teres uma filha desse quilate. Ao que sei,o trabalho voluntário em África não é pera doce e só os dotados encontram nele a alegria da "missão". Também eu sonhei que um dia cumpriria uma missão dessas, mas foi precisamente a aproximação dos netos e a permenência em outros voluntariados que foram adiando esse desiderato. Ainda na passada semana regressei de Viena, onde participei na 25ª Conferência Mundial dos Escoteiros Adultos e lá tomei conhecimento das muitas necessidades de alguns povos da África, Ásia e América Latina e as acções que vamos organizando para diminuir tanto sofrimento.
Também eu participo numa universidade da 3ª idade, a de Alvalade (frequentada também pela M. Amélia Filgueiras (Lopes), Cacilda, Julieta e F. Zagalo e... mais 500 pessoas), porque é realmente uma instituição que nos renova e nos faz acreditar na vida (a nossa!).
Aí falo de cátedra, porque estou lá há seis anos e já passei pela direcção, (além de outras coisa, como prof. de danças de salão, imagina!), que me deu a oportunidade de conhecer "aquele mundo" e traçar para ele alguns projectos de futuro, pois não é um mundo de velhos, mas de idosos, válidos intelectualmente, que podem e devem estar na base das escolhas que se devem fazer para o futuro dos idosos no nosso país. Algumas políticos já deram conta disso e começam a perceber que, também ali, o voluntariado lhes pode solucionar muitos problemas, que eles não sabem ou não querem resolver. A C.M. de Lisboa iniciou o ano pasado uma "universidade" aberta aos cidadãos. Talvez a ideia tenha surgido de uma reunião que fizemos com o A. Costa, onde lhe vendi com insistência a validade deste projecto, recusando a eventual comparação com os centros dia de idosos.
O Garcia de Matos (que entra nesta conversa) já teve de me aturar este discurso...
Força nas tuas convicções e...
Um abraço solidário do
Mariano
P.S. Tomei nota do NIB indicado e vou expressar a minha solidariedade, mas não prometo continuidade porque já estou comprometido nas minhas áreas.
Amiga Ilda, que pena não te teres metido comigo mesmo que pelos nossos cabelos brancos ...
Perdemos demasiado tempo noutras provocações inconsequentes quando temos tanto para dizer .... ups!
Bom, vou então arranjar uma moldura a condizer para te oferecer a minha fotografia e preparar-me para esse almoço de confraternização deixando para depois a questão de quem o paga, ok ?
Mas como começaste por enaltecer o charme, vou preparar o cheque ...
AMIGA, este post pretende dizer-te que a cadeia solidária está a mexer, como se vê, embora se perceba que a solidariedade não funciona sem a componente material, claro.
Aqui entra a minha filosofia de vida neste contexto.
Pelos maus exemplos que pululam, é sabido que muitas, grandiosas e bem vendidas operações de solidariedade foram pelo cano abaixo com resultados extraordinários para outros que não os necessitados pelo que os esforços foram desanimadores, frustantes e traumatizantes.
Por isso mesmo, nas minhas acções não ofereço dinheiro, nem o faço chegar às instituições onde existem "n" crianças.
O que consigo disponibilizar é sempre ao nível de pequenas acções, consequentemente pouco, ainda que de grande contentamento para as pessoas que se envolvem.
Depois, munimo-nos das prescrições médicas e compramos o que lhes seja aconselhado.
Directamente para o menino "A" ou menina "B".
Fazemos uma cerimónia específica para a criança explícita e, publicamente oferecemos-lhe o que estava combinado.
Tenho uma excepção : a que está agora a dar os primeiros passos.
A Vera Silva não só não é portadora de deficiência do foro da paralisia cerebral ( tem sido um must ) como não está à espera do nosso dinheiro para a compra da prótese de que necessita ( há seguros que estão accinados e que o garantirão ).
A Vera tem uma conta aberta no banco para onde lhe mandaremos o produto que conseguirmos uma vez que esta criança vai necessitar de variadíssimas próteses ao longo da sua vida como se calcula ( hoje tem só 3 aninhos ... ).
Não tenho capacidade para meter 2 acções em simultâneo com as pessoas a quem dirijo os meus desafios pelo que vou ter que aguardar a finalização desta ( 18/10/2008 ) para lançar novo grito.
Por outro lado, os eventos que organizo são pouco consentâneos com tempo de inverno ( estamos a falar de provas de karting com pessoas que não têm este desporto como o seu desporto preferencial mas que se disponibilizam para ajudar quem precisa ), percebes ?
Claro que também para estes casos se desenvolve um marketing específico ( e eu gosto disso ) e talvez se consiga antecipar no calendário a organização de uma ajuda.
Vamos deixar que o tempo vá calcorreando o seu percurso e vamo-nos mantendo em contacto, certo ?
Uma beijoca para ti e cumprimentos a todos os que nos ajudarem a levar esta intenção a bom porto.
Garcia de Matos
Obrigada Manuela e Mariano Garcia pelos vossos comentários que muito me sensibilizaram. É bom saber que Colegas/Amigos, com quem privámos durante tantos anos, estão empenhados em causas em prol de quem mais necessita. Já houve um primeiro donativo que muito me apraz registar e ACREDITO que mais virão. Também um colega muito fixe se disponibilizou, desde já, para ir comigo assim que nos seja possíve.
Um grande abraço
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