quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O escantilhão



Em Maio de 1970 entrei para a programação do DCS e tomei contacto, pela primeira vez, como o escantilhão. Era usado pelos analistas para desenhar os fluxos das aplicações e pelos programadores para representar a sequência lógica dos programas, os famosos ordinogramas. Guardei estas duas ferramentas de trabalho...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

DCS 1982

(gentilmente cedida pelo Madeira de Castro)
De pé: António Gamito, Alvaro Pato, M.Helena Fernandes, Carolina Leitão, Fausto Marques, Alexandre Herculano, Neves Carneiro, Fradique de Sousa, João Gandara, Madeira de Castro, Carmindo Lemos; sentados: M.Eduarda Alvarez, Matos Faria e Diniz Santos

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sindicalismo em 2007

.




Alliance é um sindicato aparentemente bastante activo nos Estados Unidos.
Quem quiser ver o que os preocupa nos dias de hoje pode ir AQUI.
Isto até me faz lembrar os meus velhos tempos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O primeiro curso MAPICS em 1979



No Verão de 1979 passei dois meses em Milão a fazer o primeiro curso de MAPICS para a Europa. Os instrutores vieram expressamente de Atlanta.
O Peixoto, que era vendedor, passou lá duas semanas também.
Estes dois meses marcaram toda a minha carreira na IBM. Nunca mais deixei de estar ligado às aplicações e à produção industrial.

Curiosamente a minha iniciação nestas matérias, com vários produtos não integrados, tinha acontecido no arranque da fábrica Metalsines (material ferroviário) em que formava equipa com o Virgilio Vargas. Passámos muitas semanas "desterrados" na pousada de Santiago do Cacém em 1977 (?).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

1991 - 1º Curso de Consultoria em Portugal

Quando ainda ninguém acreditava que a IBM pudesse ter Consultores...



Vítor Trigo, João Santos Silva, Rui César, Nuno Duque, Luís Penedo, Carlos Gomes da Silva, ???, Miguel Mourão, Soares Pinto, Teresa Almeida, António Branco, Joana Lopes

Momentos de ternura...

.

Golden Circle Malta, 1994



Convenção Marbella, 1990

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A IBM e os check up's

Os mais ínfimos e insignificantes pormenores da nossa vida têm a capacidade de se transformar na mais mortífera arma contra a nossa pacatez se, de um momento para o outro, as expectativas criadas nos tomarem a razão e nos entontecerem com o medo.

Muitas das vezes não passam dos humanos medos da morte que nos atacam só porque sim.

Pela experiência própria e pelo que sei dos outros, há uma tendência natural de nos acabrunharmos ainda antes de sabermos os resultados de um mero e rotineiro check up na tal expectativa de um mau resultado. Depois, uf ! que alívio, estava tudo bem !

Vem este post a propósito dos exames médicos que a IBM proporcionava periodicamente.
À semelhança de alguns outros colegas, também num desses controlos me foi detectado um problema aterrador que, contudo, acabou bem.

Nunca me senti minimamente incomodado com toda aquele "cerimonial" do pesa-mede-tira sangue-respire fundo-etc. embora as sessões em que um tipo se mantinha toda a manhã em roupão a passear-se pelos corredores da clínica, de peúgas e chinelos me transmitissem a noção dum hilariante ridículo.

Deixei para o fim a alusão ao exame mais desgraçado, mais constrangedor, mais difícil de suportar que dava pelo pomposo nome de toque rectal .

Propunha-se saber do estado da próstata

A verdade é que chegaram a aparecer lá pelo consultório da IBM ( Alvalade ) jovens médicas que pareciam, elas próprias, pouco àvontade para aquele acto que fazia lembrar as peixeiras quando estão a amanhar o peixe e lhes sacam as víceras pela boca !!!

Às vezes demoravam tanto que mais parecia que tinham perdido os anéis cá dentro e, por muito que procurassem, não os conseguiam encontrar ....

Finalmente aquilo acabava e sistematicamente aparecia a dúvida : como há quem goste disto ?

1978 - O verdadeiro kick off de uma carreira

Se bem que já me tenha referido à minha vida enquanto IBMer na perspectiva de delegado comercial e account manager, a verdade é que a iniciação a essa carreira que recordo com muito carinho teve, num restaurante de Cascais ( não recordo o nome ) o seu verdadeiro kick off.


Pertencia na altura aos serviços financeiros e tinha arrancado com a célebre rotina das letras com o alto patrocínio do Pacheco do Passo e do Joaquim Bação no que ao desenvolvimento informático lhes disse respeito.

O habitual jantar de despedida teve a comparência dos mais íntimos do departamento entre os quais Gago Rolão, Fernando Neves, Nascimento Ferreira, Ana Araújo, Cacilda Dores, Mário Marfim e Julieta Couto.

Foi exactamente a Julieta que, no final, me presenteou em nome do grupo com um velho paradigma do vendedor - um papagaio !

Hoje faz parte dos meus "troféus" IBM e daqui das profundezas das teclas do computador envio beijos e abraços para todos !

Saudades.

F&A traz balanço dos anos 82/84



Em Março de 1984 a Comissão de Trabalhadores procedia, através do Factos & Argumentos, a um balanço das actividades durante o mandato de 1982/84.É interessante para se compreender quais eram as preocupações dominantes dos IBMers nessa época.
O jornal continha também referências aos horários de trabalho e um texto, pleno de sentido de humor, escrito pelo António Godinho e intitulado "A lenda da Flexibilidade". Também inseria um Inquérito promovido pela CT para determinar os temas mais sensíveis que, na opinião dos empregados,deveriam ser tratados.

(clique em qualquer das imagens para a ampliar e iniciar um percurso pelo número 9 do Factos & Argumentos).




segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O espírito OP transferiu-se, mais tarde, para o DP !


Quantos séculos nos separarão deste verdadeiro OEPI ( objecto escrevente perfeitamente identificado ) com o qual dei os primeiros passos numa carreira de vendas que viria a terminar com o advento dos seus parentes computadores, bem mais pequenos e bem mais poderosos ?

Não fosse sermos testemunhas priveligiadas dessa mutação e diríamos que os anos de permeio eram mais do que muitos !....
Naquela altura, na IBM em geral e na IBM Portugal em particular, vivia o seu apogeu uma divisão de negócio que fazia furor pela jovialidade, pelos resultados e, não menos importante, por uma sã loucura dos seus elementos - o OP.
Nos anos 80's ( do sec. XX ) coexistiam duas gerações no OP.
A dos veteranos ( Carlos Melo, Santos Carvalho, Fernando Alcobia, Barradas, Fausto Marques, Jorge Miranda, Seabra e Barardo Ribeiro ) e a dos mais novatos ( Adalberto Melo, Garcia de Matos, Lima e Silva, Gonçalo Fernando, Alexandre Belo, Lucas de Sousa, Carvalho da Costa, Abecassis, José André e Trinité Rosa ) .
Como sempre, o sangue novo fazia mossa nos mais velhos que se sentiam ameaçados com a garra daqueles.
Tentaram fazer impôr "a lei do mais velho" mas a irreverência dos jovens e um espírito de camaradagem à prova de qualquer suspeita cativaram os decanos sempre em prol duma imagem de marca do OP.

As histórias daqueles tempos são inimagináveis e só numa casa com a abertura duma IBM se poderiam manter ao longo dos tempos. E sempre com resultados consistentemente conseguidos.
Se os HPC's eram o culminar dum ano de sucesso, não menos importantes eram as verdadeiras tertúlias do dia-a-dia.
Os almoços no Petiskaky,
Os almoços no Tromba Rija,
As idas ao bingo de Badajóz com passagem por Montemor para se comerem umas coxinhas de rã,
Os banquetes na "nossa" mansão do Magoito,
As idas à praia nas manhãs de verão seguidas de tardes de grande labuta na preparação das estratégias de convencimento dos clientes, etc., etc., etc., tudo isso fazia parte daquela doce sabedoria de bem conciliar a vida profissional com a lúdica.

Estava tentado a fazer uma chamada de atenção aos actuais profissionais da IBM mas julgo despropositado pois vocês, meus caros, fazem parte duma nova era que se entretem muito a passar por cima uns dos outros desde que daí venham benefícios imediatos e isso não existia naquela altura.
Sou do tempo em que se arranjava um emprego para a vida ; vestia-se a camisola e era para sempre ! Ninguém deixava de fazer o seu clube por falta de resultados se outro colega houvesse com overachivement . O HPC era sagrado !
É evidente que a complacência dos Alves Martins, Luis Carvalho da Costa, e a partir daí toda a linha de management, se misturava com este espírito ou não fossem eles antigos vendedores !!!
Bem hajam !

domingo, 20 de janeiro de 2008

O meu Alfa Romeo GN-40-14

Perde-se no tempo o despertar da minha paixão pela “arte” de conduzir um automóvel.
Chegada a idade dos 18 anos, os nossos pais tinham que declarar conceder-nos a emancipação com a qual, e só com ela, nos poderíamos candidatar ao exame de condução ou então, aguardar calmamente pelos 20 anos.
Por isso, em 02 de Janeiro de 1968, é-me passado o documento que me habilita a conduzir legalmente.

Acto contínuo adquiri um Peugeot 203 com caixa de 3 velocidades ( 1ª, 2ª e super-prise ) pela fabulosa quantia de 10 contos ( hoje 50 € ) cuja matrícula, PP-13-88, o baptizou graciosamente como o Peugeot das Pequenas.

Dois anos mais tarde é substituído por um outro Peugeot, um 403, ao qual lhe atribuí a função principal de cumprir com a campanha de Mafra.

Entre Outubro de 1969 e Março de 1970, e não atendendo à sua provecta idade, foi duramente violentado com viagens todos os fins de semana entre Mafra - Guimarães, Guimarães -Mafra com 6 militares lá dentro e as respectivas trouxas de roupa, agora lavadinhas que as nossas Mães preparavam para nos facilitarem a vida.

Em Setembro de 1970 embarco para a Guiné e o Peugeot foi vendido a peso num ferro velho. Foi a única maneira do meu querido Pai se conseguir desfazer dele !!!

Três anos depois, e com o ingresso na IBM, tive hipóteses, com a independência financeira que adquiri, de dar largas ao entusiasmo e fazer aquilo que hoje apelido da minha colecção de automóveis.

Esta parede dum pequeno refúgio meu na zona de Peniche mostra uma parte do que vos falo mas vou contar uma cena curiosa relativamente ao fabuloso GN-40-14, um Alfa Romeo Giullia 1.6 que durante algum tempo foi o meu automóvel na IBM.

Comprei-o em 1975 pois o dono tinha-o fechado numa garagem com medo de ser considerado fascista e pudesse vir a ser pendurado uma varanda pela ostentação de tal sinal evidente de riqueza.

Um belo dia, e após uma bem sucedida manhã comercial, trazia eu algumas notas de encomenda devidamente assinadas e resolvi ir almoçar a casa dos meus Pais.

Goraram-se-me os planos pois, por volta do meio dia, em Benfica, fui vítima de assalto violento à mão armada e raptado para lugar bem ermo, algures perto dos Viveiros de Rosa Bacará .

Confesso que senti a precaridade da vida e cheguei mesmo a imaginar um fim inglório e injusto para quem tanto lutava por a gozar …..

Felizmente que ao fim de várias horas me vi livre daquele pesadelo não sem que tenha adoptado desde logo comportamentos defensivos que me acompanham e acompanharão para o resto da minha vida .

Fiquei , contudo, com a indelével recordação de ter usufruído dum automóvel que a IBM me permitiu adquirir num misto de necessidade e prazer.

Convenção em Nápoles 1983

O trânsito caótico:



Castro e Melo, Moniz Pereira, Ana Mª Ferreira, Virgílio Duarte, Eugénio de Sousa, António Machado, Vaz Clemente, Filomena Pedroso e José Barreto

Pessoa Vaz, Hélia Jorge, Helena Mª Freitas, Joana Lopes, Emília Fernandes(?), Gonzalez, Adoindo Costa, Dória


sábado, 19 de janeiro de 2008

IBM, A Companhia e o Empregado




Em Outubro de 1984 foi publicado o Manual contendo os Programas de Pessoal e o Plano de Benefícios. Era muito útil porque reunia num único documento muitas informações anteriormente dispersas.
O principal defeito resultava da dificuldade de actualização num ambiente em que, felizmente, havia uma grande dinâmica, não só com origem reivindicativa mas também por iniciativa da própria IBM.
Uma olhadela ao índice dá uma ideia do leque enorme de questões sistematizadas e da riqueza dos programas e planos que ainda hoje fariam corar de vergonha a maior parte das empresas em Portugal.






(clicar as imagens para ampliar)




sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

HPC de Praga 199X


(enviada por Mário Marzagão)

À margem do HPC de Praga em 199X : ??, Abel Rosa, mulher do Alex.Belo, Alexandre Belo, M.Marzagão, mulher do M.Marzagão, mulher do ??.

Tromba Rija 1998

(enviada por Mário Marzagão)


Em pleno Tromba Rija (este pessoal não sabe senão comer).
Helena Freitas, Mário Marzagão, Cristina Semião, João Medeiros de Almeida, Carlos Duarte, Adalberto Melo, José Eduardo Delgado, Teresa Granado, Goulart Ribeiro.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Futebolada em 1977

(gentilmente cedida por Madeira de Castro)

De cima para baixo e da esquerda para a direita: 3ª Linha - Matos Pereira, Câmara Raposo, Fernando Alves de Castro, Madeira de Castro, João Estarreja, Renato Vasconcelos (pai), Jorge Fonseca e Mário Paz; 2ª Linha - Carlos Pina e Luís Gonçalves; 1ª Linha – Diniz Santos, Albano Pimenta, ??, Eurico Roma Pereira, Vítor Silva, José Eduardo Delgado e Yvon Collas

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Convenção Estoril 1981



Jorge Fonseca, Alexandre Herculano, Yvon Collas, ??, Madeira de Castro, Fernando Xavier, Costa Cabral, Célio Moura, Pina Coelho, Helder Coelho, Fernando Couto,Alvaro Pato, António Sá.No restaurante João Padeiro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

President's Class - Vimeiro 1988


(contributo do Madeira de Castro)
André Émonet, António Branco, Carlos Alberto Carvalho, Coelho da Costa, Francisco Carvalho da Costa, Eduardo Plantier, Jorge Fonseca, Lucas de Sousa, Luis Figueiredo, Madeira de Castro, Manuel Nogueira, Marina Gorlier, Miguel Mourão, Sampaio Martins
(Agradeço que me ajudem a recordar os nomes restantes).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Ainda a convenção de Paris 1984


O grupo do costume (Ja mensionado em varios artigos ) saiu atempadamente para a conveção de Paris. Voamos para Ameterdan, onde peramcemos uma noite. Dia Seguinte e como deve ser, transporte a preceito Ford Transit, fomos direitos a Roterdam para apanhar um Ferryao final do dia para as Ilhas Britanicas onde o porto de destino era Hull , chegamos pela manhã do dia seguinte onde levamos alguns mantimentos nomeadamente uma botelha de Wisky comprada no Free Shop de Roterdam mas de 7 (Sete) litros, que ia na frente entre o condutor e pendura. Só digo isto porque o polícia, na chegada e a verificar os passaportes ficou boqueaberto e perguntou o que era aquilo, o que de imediato alguém responder que era o combustível para o condutor. O policia ia-se passando e explicou que era proibido entrar com bebidas alcólicas em UK. Em funçao da confusão, lá seguinos viagem e fomos dar a volta à Escócia onde visitamos todas as destilarias que nos apareceram na frente indo até ABERDEEN, passamos por Edinburgh e voltadando para o mesmo Porto Hull, para apanhar o mesmo Ferry de Volta a Roterdam, uma noite bem passada naquele sumpetuoso barco, com Casinos e Show e etc. . De manhã depois de sairmos em Roterdam lá estavamos de novo de volta a Amesterdan onde o avião nos levou até Paris.Fomos para o Hotel Montparnessse onde chegamos a tempo para o Gala Dinner. O curioso disto tudo é que a carrinha Ford Transit só fez 120 Kms....na viagem total...

1988 - Cruzeiro no Mediterrâneo ( Golden Circle )

Este meu artigo vem na sequência da total despreocupação cronológica na apresentação das minhas memórias.
Com ele farei uma pausa nestas minhas intervenções não só para poupar as minhas reservas mas também para que outros colegas apareçam na partilha de momentos tão importantes como os já apresentados.
Desta vez, porém, refiro-me a um dos Golden Circle de que usufruí.
Porque foram 4, convirá dizer que cada um de per si, teve o seu quê de emblemático, de verdadeiro glamour, de experiência irrepetível.

Como se sabe, era o único prémio IBM extensível ao conjuge e o ambiente que a IBM criava era, de facto, exemplar.
Uns passavam-se em sítios que podiam ser já nossos conhecidos mas, o charme e a fartura eram principescamente distribuídos pelo que registo deles as mais incontornáveis memórias.

Em Abril de 1988, embarcámos a bordo do paquete Eugénio Costa, da C Line, para um cruzeiro no Mediterrâneo.


O embarque teve lugar na baía de VilleFranche ( Nice ) mas a operação teve alguma duração pois o paquete estava ancorado ao largo e os passageiros eram transportados por levas sucessivas em grandes batelões. A entrada para o navio foi, posteriormente, feita pelas escadas exteriores à boa maneira dos filmes do século anterior ....

Esta era para nós, os Matos, a 1ª sensação do género ( passaram-se 20 anos e mantém-se como única experiência do género ).

Aquele condomínio fechado, de alto luxo, privadíssimo para a IBM, tinha capacidade para cerca de 2 000 pessoas mas, ao ser contratado pela IBM, levaria cerca de metade da sua capacidade.

Viajava-se durante a noite e acostava-se pela madrugada.

Durante o dia eram as visitas habituais nestas circunstâncias.

Entre as inúmeras ocasiões para mais tarde recordar registo a operação de simulacro de acidente onde percebemos que se houvesse borrasca, a coisa podia ficar negra pois das embarcações salva-vidas nem todas estavam operacionais.








Outra ocasião digna de registo eram as noites no bar onde havia sempre um de nós que fazia anos e vai daí, saia Moët Chandon para todos !








O Gala Dinner foi com pompa e circunstância !
O salão à média luz e a entrada dos criados em fila indiana com as cataplanas a lançarem chispas de fogo de artifício para o primeiro ataque às vitualhas, foi simplesmente fabuloso !












Finalmente o baile de gala era a cereja em cima do bolo que representaram aqueles dias nas nossas vidas.











Todos e cada um éramos recebidos na entrada do respectivo salão pelo comandante o que nos transpunha para o verdadeiro barco do amor .....








Saudades ? Mente que disser que não !!!

Paris – Abril 1984





Paris – Abril 1984

Este era o reconhecimento do meu quinquénio em termos de vendas.
Nesse ano resolvi fruir o HPC com a minha mulher. Ou melhor, aproveitar-me do HPC para tirar uns dias de férias e fazer uma viagem mais intimista.

Foi pois planeada uma digressão com o Trinité Rosa e as respectivas mulheres.
O Gonçalo Fernando, que viajaria até aos países nórdicos, associou-se-nos até Paris.

Só que chegados a Paris, houve que instalar no Montparnasse Hotel, sacar o pocket money e mandar a convenção às malvas em prol de uns dias de namoro na cidade luz.

Eu não sabia, sequer, que o 5º aniversário dava direito a uma menção especial e por isso, mais tarde, em Lisboa, venho a ser intimidado pelo meu chefe pela afronta que teria feito ao administrador delegado ( Alves Martins ) em não ter aparecido no gala dinner para receber uma espectacular caneta de tinta permanente, em prata, da marca Dupont.

Incomodado com semelhante consequência, não descansei enquanto não obtive uma reunião com o Fernando Alves Martins para lhe explicar que tal atitude nada tinha de afrontamento antes de gozo da dolce vita e que Paris prestava-se a isso mesmo.

Com uma espectacular abertura, FAM limita-se a aconselhar-me a não dar mais importância às coisas do que a importância que as coisas têm e que não teria encomendado o sermão a ninguém.

Ficaram-me mais estes dois ensinamentos ( um positivo outro negativo ) daqueles anos de IBM que durante muitos mais me permitiria juntar saudavelmente o prazer com o trabalho.

Do Fernando Alves Martins nunca mais soube nada e aproveito para, se ele por aqui vier, lhe endereçar um abraço.

Convenção em Madrid 1985 (2)

Também 5º HPC, mas aqui com direito a beijinho.


P.S. - Quem entrar inadvertidamente neste blogue, pensará que é de um grupo excursionista!

Convenção em Madrid 1985

.



O "Pippi da Damaia" a ser agraciado com o seu 5º HPC consecutivo.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Convenção de Florença em 1981


Cerca de 30 anos dedicados a uma empresa e aí desenvolver toda uma actividade profissional deixa-nos, concerteza, uma quantidade imensa de histórias cujo relembrar é gratificante ainda que muitas vezes penoso pela ausência daqueles que já faleceram e que partilharam connosco algumas dessas histórias.

Quando essa actividade era no departamento de vendas e a empresa se chamava IBM, os bons resultados eram reconhecidos com o direito que se adquiria para comemorar o Hundred Percent Club ( HPC ).

Esse prémio era gozado dentro do continente europeu e os dias destinados ao evento mereciam da parte do meu grupo de colegas, de um upgrade lúdico notável.

Assim, os 3 a 4 dias do HPC eram candidamente transformados numa semana que as nossas famílias consentiam ainda que nem sempre disfarçando um sorrisinho amarelo ...

Uma vez regressados, contadas as histórias e distribuídas as prendas que trazíamos, a "paz" era renegociada para mais um ano.

As loucuras daqueles tempos tinham pouco a ver com os actuais constrangimentos e recordo a convenção de Florença em Abril de 1981 quando ainda era fresca a memória do acontecido a Aldo Moro em Roma

Nesse ano, alugámos 2 Fiats Mirafioris para calcorrear o que tinha que ser calcorreado.

Eu conduzia um deles ; o Francisco Lucas de Sousa, o outro. Os restantes parceiros eram o Carlos Melo, o Adalberto Melo, o Alexandre Belo, o Lima e Silva, o Freixo Nunes, o Trinité Rosa, o Gonçalo Fernando e eu próprio.

Escusado será dizer que nunca a Itália sonhara ser possível fazer-se com um automóvel o que nós fazíamos !

Naquela altura, tento recordar, só eu conhecia a Fontana di Trevi e esse foi um dos grandes objectivos a alcançar - que todos lá fossem tirar a fotografia de família e atirar umas liras para o charco.

Foi uma odisseia pois todas as ruas circundantes à fonte tinham um sentido proibido nas imediações do monumento que nos impossibilitava de lá chegar. Uma coisa era certa, o carro tinha que lá chegar !


Em desespero de causa, optámos pelo sentido proibido não sem que antes tivéssemos passado por uma esquadra de carabinieris perante os quais fizemos de conta que não os vimos ..... e chegámos lá !!

Não recordo como nos safámos da situação mas sei que não fomos presos!

De Roma seguimos para Florença. Era altura de recuperar o bom aspecto pois o regresso a casa aproximava-se.

Depois de instalados, wellcome reception no Palazzo Vecchio.

Passar-se-ia do dia 8 ao dia 11 na cidade sem deixar catedral sem ser vista nem Duomo sem lhe conhecermos a história.

À noite o ambiente de rua ( por onde andámos ) já era "comprometedor", vendo-se a juventude vestida à SS, com botifarras horrorosas, correntes à volta dos braços, e de olhares intimidantes.

Nada que um whiskizito não fizesse esquecer porque nós estávamos lá para o forró, pois então !

Ainda Viena 1986 (3)

Voltando ainda a esta parte dos factos passados em Viena d'Áustria no Hilton e a comprovar tos os factos relatados pelos anteriores interveniente, lembrava que depois dessa terrível viagem de Atenas para Viena, onde chegamos ao referido Hotel Hilton, tivemos de assinar o tal termo de responabilidade, (a pedido da nossa colega Elizabeth ) pela nossa estadia nesse hotel e que, a páginas tantas já noite, estavamos com uma falta de alimentos terrível , fome mesmo, e eis que um amigo nosso de Israel nos disse que havia numa sala algures... algo para acomodar o nosso estômago, e lá fomos nós para a boca do lobo, onde se encontravam todos os Israelitas (Clandestinos nesse Hotel) onde papamos uma deliciosa refeição já não sei dizer o quê ? E nós todos contentes lá ficamos aqueles deliciosos dias. F Lucas Sousa

Ainda Viena 1986 (2)



Olá Viva, ainda não comentando estas peripécias de Viena de Austria e muitas outras se irão seguir, gostaria de iniciar esta minha primeira intervençaõ e lembrando o nosso colega do Porto que a iniciou com a publicação do Primeiro Badge, para iniciar também gostaria de fazer uma publicação idêntica, mas como o primeiro Bagde ficou não sei onde... faço chegar ao vosso conhecimento os BADGE'S dos familiares....que também existiam e os que se seguem já de uma data posterior assim como passagem em outra IBM e Badge final de carreia na nossa Madrinha. F Lucas Sousa

sábado, 12 de janeiro de 2008

Ainda Viena 1986

Isto está a animar!

Aproveito para voltar à convenção de Viena em 1986, que não chegou a existir e que o Garcia de Matos já referiu aqui.

Também eu fui uns dias antes, com o Fausto Marques e os nossos cônjuges. Aterrámos em Munique, alugámos um carro e atravessámos a Áustria rumo a Budapeste. E também nós, que de húngaro sabíamos menos que Sócrates de inglês técnico, não percebemos, de todo, o que se estava a passar com o Kadafi e aterrámos no Hilton, em Viena, preparados para o assalto aos pastelinhos do Welcome Dinner.

Convidados / intimados a regressar a Lisboa ASAP, fizemos o mesmo que o Garcia de Matos já relatou: dissemos que o aeroporto era naquele momento perigosíssimo e que ficaríamos em Viena. Com uma variante: como o Fausto era o mais graduado dos presentes, a pressão foi muito grande para que desse o exemplo e obedecesse. Só os nossos dois grupos resistiram e cruzámo-nos várias vezes pelas ruas, como a foto mostra.

Três dias da melhor não-Convenção da História!


De costas, sou eu. Da esquerda para a direita: Lucas de Sousa, os irmãos Melo, Garcia de Matos, José André e Francisco C. da Costa

Nos tempos da inflacção a 30 %

(clique para ampliar)


Quem é que ainda se lembra da inflacção a 30 % ?
Este suplemento sobre um aumento intercalar, distribuído em Julho de 1984 com o Factos & Argumentos nº 10, vem recordar-nos tempos económicamente mais instáveis. Talvez nos ponha mais optimistas...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Hamburgo - Reeperbahn





O post de hoje do Garcia de Matos trouxe-me à memória a espantosa zona do Reeperbahn, em Hamburgo, onde eu presenciei na altura da Convenção de 1982 uma intensidade pornográfica sem paralelo em qualquer outra parte da Europa por onde eu tenha passado. Numa deambulação nocturna, com um grupo em que a Joana também alinhou e por causa da presença dela, acabámos apupados pelas profissionais. Foi numa daquelas ruas onde só se entrava de propósito por estarem "barricadas" com portas de ferro.




Bósforo from Topkapi

Abril de 1986.

Istambul, em direcção a Viena de Áustria onde se realizaria a convenção, chegados de Atenas onde a língua não nos permitiu reconhecer mais do que um certo alvoroço em torno da palavra "bomb" que tentávamos interpretar numa tradução linear, algures na Placa cheios de uma folia que não se compadecia com outra coisa que não fosse uma saudável loucura e longe da célebre operação El Dorado Canyo com que os EUA visavam alvejar Mouammar Kadhafi como retaliação pelos atentados em Roma, Viena e Berlim.

Pelo meio ficam histórias incríveis por contar desde a compra à porta de uma mesquita de 2 metros de tecido com crocodilos da Lacostre para serem depois cozidos nas camisolas sem marca mas que à primeira lavagem "se afogaram" no turbilhão da máquina de lavar ficando completamente destruídos; as viagens de avião que durante aquela semana primavam por levar só 7 passageiros ( nós !!!) tal a imponderabilidade da situação internacional ; a viagem de Atenas para Viena na qual viajámos com um "terrorista" a bordo mas como o tipo não ia bêbado, não pensou nas 27 virgens que tinha à sua espera se o avião caísse, e fez uma viagem horrorosa porque, afinal, tinha nariz adunco mas mais não era que um desgraçado a receber o baptismo de voo; a subida de umas escadas rolantes no aeroporto de Viena em cujo cimo só se viam soldados de metralhadoras e cães e nós encravámos o mecanismo à chegada pois as rodas dos troleys das malas empeçaram-se naquela geringonça e era ver malas a caírem por ali abaixo e nós à frente numa descida desalmada em contraponto com o movimento das escadas ; e finalmente a chegada ao hotel Hilton onde, acto contínuo, nos tentam dar um bilhete de avião de regresso imediato a Lisboa uma vez que a convenção acabava de ser anulada, mas o qual rejeitámos com a desculpa de que tínhamos horror em andar de avião !

A administração "aceitou" que, de facto, nós precisávamos de descansar e por isso acedeu ao nosso "repouso".

A partir daí, e após assinatura de termos de responsabilidade, instalámo-nos principescamente e ali passámos 3 gloriosos dias de verdadeiro fausto.

Depois, alugámos a habitual carrinha e viemos apanhar a TAP a Zurique tendo sido calorosamente recebidos na IBM perante a hipótese de podermos ter sido vítima da situação explosiva que se vivia na Europa e no mundo.

Os símbolos fazem história. Por isso perduram !

Eis uma imagem de marca da nossa IBM.
Por qualquer motivo tenho este exemplar guardado.
Não lhe associo qualquer história em particular mas recordo que em 1982 tive a convenção em Hamburgo em consequência do meu 3º HPC.
Conhecer Hamburgo foi uma odisseia !
A vida do porto era very hard e os life shows em casas com ambiente de mais do que duvidoso "faca-na-liga" não conseguiam, mesmo assim, demover-nos a curiosidade.
O grupo ( sempre o mesmo !) era constituído pelo Carlos Melo, Adalberto Melo, Lima e Silva, Trinité Rosa, Alexandre Belo, Gonçalo Fernando, Lucas de Sousa e António Matos.
Mais tarde juntar-se-nos-iam ( depois de exaustiva apreciação do núcleo duro ) os José André e o Xico Carvalho da Costa.
Ainda hoje perduram ambientes de tertúlia com esta gente !
Também recordo que nesse ano fiz 34 anos !

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A 1ª "key pen" da história da informática: 80 bytes!


De facto pode-se afirmar que o conhecido (para nós) cartão de 80 colunas, além de servir para a introdução de dados nos primórdios da informática, serviu também para transportar dados de um lado para o outro, logo, pode ser considerado a primeira "key pen" da história da informática.
Durante dezenas de anos foi o principal meio de transmitir dados aos computadores, sendo destronado nos anos 80 pela diskette e por volta dos anos 90 pelo terminal "online".

Curiosidade para os visitantes mais novos: 80 bytes não chegam a uma décima milionésima parte de 1 Gbyte, valor este que já vos diz qualquer coisa....

Para conseguirmos armazenar dados com valor de 1Gb, necessitavamos de 12500 cartões!
Sabendo que estes cartões eram fornecidos em caixas de 2000 unidades, com as dimensões de (L)19 x (A)8,5 x (C)50 cm, é só fazer as contas....

Seminário IRD em 1976



(contributo do Madeira de Castro)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Portuguese Spouses Golden Circle


Os idos de 1986, 1987, 1989 e 1990 foram anos memoráveis para mim por traduzirem perfomances profissionais excelentes que, naquela altura, eram premiadas com o famoso prémio Golden Circle.
Viagens para as Bahamas, para o Mediterrâneo num fabuloso cruzeiro a bordo do paquete Eugénio Costa , Creta e Veneza foram outros tantos destinos a fazer jus à fama de tão disputados awards.
Não é sobre esses prémios, porém, que venho aqui falar hoje.
Essas quatro ocasiões deram-me o prazer de viver aquele espírito com um conjunto alargado de colegas de Lisboa e Porto e com os quais, mais tarde, em 1991, todos juntos com os respectivos conjuges, aceitaram o meu desafio de fazermos cá em Portugal aquilo a que chamámos de Portuguese Spouses Golden Circle.
O Certificate of Membership foi passado com todos os efes e erres In Recognition of Achievement of an Outstanding Patience to Assist a Dedicated Husband Between 1986 and 1990.
A ideia era dar um empolgamento semelhante ao verdadeiro Golden Circle, desde a viagem, ao local de destino, ao hotel, às refeições com o tradicional gala dinner, o entertenimento, etc.
Se bem o pensei, de imediato tratei de levar o evento em frente.
O local de destino foi de imediato definido : Palace Hotel do Bussaco !
A data : 12 de Outubro de 1991
Os participantes : Adalberto Melo, André Émonet, António Vila Maior, Carlos Melo, Duarte Penalva, Edmiro, Francisco Carvalho da Costa, Francisco Costa Cabral, Francisco Lucas de Sousa, Garcia de Matos, João Emauz e Madeira de Castro e respectivas mulheres.
Havia que preencher todo o tempo e para isso contratei o célebre restaurante Marquês de Marialva em Cantanhede o qual, através do seu gerente José Rei, se encarregaria de servir o almoço do dia da chegada numas caves da Anadia.
Após visita guiada às mesmas, foi servido um fabuloso leitão assado, em mesa corrida entre as pipas, regado com a oferta do champanhe por parte das caves.
A coisa começou bem !
Após este primeiro impacto com a realidade daquele que seria um gastronómico e opíparo fim de semana, dirigimo-nos para o Palace .
Simplesmente soberbo !
Acomodados nos diversos aposentos, entregue um pocket money simbólico, aguardava-nos um jantar de gala no salão nobre da casa.
A ementa tinha sido previamente escolhida se bem que o André Emonet, e com recurso ao Petit Larrousse, se propunha não comer chanfana pois a tradução que arranjou dizia-lhe que tal eram bofes !!
Na altura, o director do hotel era um tal senhor José Santos, entrado na idade, poliglota, um verdadeiro gentelman, que num francês corrente, dá a explicação técnica da confecção daquele prato típico da região e o nosso homem perde-se de gula e opta igualmente pela cabra velha em forno de lenha.
O repasto foi digno dos deuses !
Os discursos, as fotos para a posteridade, a entrega de lembranças e o dia seguinte que ainda faltava, preenchiam as expectativas criadas.
A idade permitia ainda deitarmo-nos de barriga cheia e o sono foi retemperador !
Alvorada a tempo de nos deliciarmos com um pequeno almoço rural, foi o prenúncio de novo manjar, agora no Marquês de Marialva.
Com o estômago a pedir tréguas, o regresso a Lisboa foi calmo e registado nas memórias de cada um a pedir um encore que tarda .....

Sagrada Família - 1987


Era este o espírito "familiar" reinante na IBM.
O postal de boas festas para clientes foi devidamente adaptado à modernidade numa encenação La Féria like.
Desconheço se o BCP, a TAP, as companhias de seguros, e todos os outros teriam recebido esta versão da nossa solidariedade natalícia ....

A equipa do Vasconcelos em 1976


(contributo do Madeira de Castro)


A equipa de vendas DCS compreendia: Mário Paz, Matos Pereira, Raul Martins, António Carvalho, Fradique de Sousa, Diniz Santos, Madeira de Castro, Luís Gonçalves e Renato de Vasconcelos (pai).