quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Portuguese Spouses Golden Circle


Os idos de 1986, 1987, 1989 e 1990 foram anos memoráveis para mim por traduzirem perfomances profissionais excelentes que, naquela altura, eram premiadas com o famoso prémio Golden Circle.
Viagens para as Bahamas, para o Mediterrâneo num fabuloso cruzeiro a bordo do paquete Eugénio Costa , Creta e Veneza foram outros tantos destinos a fazer jus à fama de tão disputados awards.
Não é sobre esses prémios, porém, que venho aqui falar hoje.
Essas quatro ocasiões deram-me o prazer de viver aquele espírito com um conjunto alargado de colegas de Lisboa e Porto e com os quais, mais tarde, em 1991, todos juntos com os respectivos conjuges, aceitaram o meu desafio de fazermos cá em Portugal aquilo a que chamámos de Portuguese Spouses Golden Circle.
O Certificate of Membership foi passado com todos os efes e erres In Recognition of Achievement of an Outstanding Patience to Assist a Dedicated Husband Between 1986 and 1990.
A ideia era dar um empolgamento semelhante ao verdadeiro Golden Circle, desde a viagem, ao local de destino, ao hotel, às refeições com o tradicional gala dinner, o entertenimento, etc.
Se bem o pensei, de imediato tratei de levar o evento em frente.
O local de destino foi de imediato definido : Palace Hotel do Bussaco !
A data : 12 de Outubro de 1991
Os participantes : Adalberto Melo, André Émonet, António Vila Maior, Carlos Melo, Duarte Penalva, Edmiro, Francisco Carvalho da Costa, Francisco Costa Cabral, Francisco Lucas de Sousa, Garcia de Matos, João Emauz e Madeira de Castro e respectivas mulheres.
Havia que preencher todo o tempo e para isso contratei o célebre restaurante Marquês de Marialva em Cantanhede o qual, através do seu gerente José Rei, se encarregaria de servir o almoço do dia da chegada numas caves da Anadia.
Após visita guiada às mesmas, foi servido um fabuloso leitão assado, em mesa corrida entre as pipas, regado com a oferta do champanhe por parte das caves.
A coisa começou bem !
Após este primeiro impacto com a realidade daquele que seria um gastronómico e opíparo fim de semana, dirigimo-nos para o Palace .
Simplesmente soberbo !
Acomodados nos diversos aposentos, entregue um pocket money simbólico, aguardava-nos um jantar de gala no salão nobre da casa.
A ementa tinha sido previamente escolhida se bem que o André Emonet, e com recurso ao Petit Larrousse, se propunha não comer chanfana pois a tradução que arranjou dizia-lhe que tal eram bofes !!
Na altura, o director do hotel era um tal senhor José Santos, entrado na idade, poliglota, um verdadeiro gentelman, que num francês corrente, dá a explicação técnica da confecção daquele prato típico da região e o nosso homem perde-se de gula e opta igualmente pela cabra velha em forno de lenha.
O repasto foi digno dos deuses !
Os discursos, as fotos para a posteridade, a entrega de lembranças e o dia seguinte que ainda faltava, preenchiam as expectativas criadas.
A idade permitia ainda deitarmo-nos de barriga cheia e o sono foi retemperador !
Alvorada a tempo de nos deliciarmos com um pequeno almoço rural, foi o prenúncio de novo manjar, agora no Marquês de Marialva.
Com o estômago a pedir tréguas, o regresso a Lisboa foi calmo e registado nas memórias de cada um a pedir um encore que tarda .....

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