Perde-se no tempo o despertar da minha paixão pela “arte” de conduzir um automóvel.
Chegada a idade dos 18 anos, os nossos pais tinham que declarar conceder-nos a emancipação com a qual, e só com ela, nos poderíamos candidatar ao exame de condução ou então, aguardar calmamente pelos 20 anos.
Por isso, em 02 de Janeiro de 1968, é-me passado o documento que me habilita a conduzir legalmente.
Acto contínuo adquiri um Peugeot 203 com caixa de 3 velocidades ( 1ª, 2ª e super-prise ) pela fabulosa quantia de 10 contos ( hoje 50 € ) cuja matrícula, PP-13-88, o baptizou graciosamente como o Peugeot das Pequenas.
Dois anos mais tarde é substituído por um outro Peugeot, um 403, ao qual lhe atribuí a função principal de cumprir com a campanha de Mafra.
Entre Outubro de 1969 e Março de 1970, e não atendendo à sua provecta idade, foi duramente violentado com viagens todos os fins de semana entre Mafra - Guimarães, Guimarães -Mafra com 6 militares lá dentro e as respectivas trouxas de roupa, agora lavadinhas que as nossas Mães preparavam para nos facilitarem a vida.
Em Setembro de 1970 embarco para a Guiné e o Peugeot foi vendido a peso num ferro velho. Foi a única maneira do meu querido Pai se conseguir desfazer dele !!!
Três anos depois, e com o ingresso na IBM, tive hipóteses, com a independência financeira que adquiri, de dar largas ao entusiasmo e fazer aquilo que hoje apelido da minha colecção de automóveis.
Chegada a idade dos 18 anos, os nossos pais tinham que declarar conceder-nos a emancipação com a qual, e só com ela, nos poderíamos candidatar ao exame de condução ou então, aguardar calmamente pelos 20 anos.
Por isso, em 02 de Janeiro de 1968, é-me passado o documento que me habilita a conduzir legalmente.
Acto contínuo adquiri um Peugeot 203 com caixa de 3 velocidades ( 1ª, 2ª e super-prise ) pela fabulosa quantia de 10 contos ( hoje 50 € ) cuja matrícula, PP-13-88, o baptizou graciosamente como o Peugeot das Pequenas.
Dois anos mais tarde é substituído por um outro Peugeot, um 403, ao qual lhe atribuí a função principal de cumprir com a campanha de Mafra.
Entre Outubro de 1969 e Março de 1970, e não atendendo à sua provecta idade, foi duramente violentado com viagens todos os fins de semana entre Mafra - Guimarães, Guimarães -Mafra com 6 militares lá dentro e as respectivas trouxas de roupa, agora lavadinhas que as nossas Mães preparavam para nos facilitarem a vida.
Em Setembro de 1970 embarco para a Guiné e o Peugeot foi vendido a peso num ferro velho. Foi a única maneira do meu querido Pai se conseguir desfazer dele !!!
Três anos depois, e com o ingresso na IBM, tive hipóteses, com a independência financeira que adquiri, de dar largas ao entusiasmo e fazer aquilo que hoje apelido da minha colecção de automóveis.
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Comprei-o em 1975 pois o dono tinha-o fechado numa garagem com medo de ser considerado fascista e pudesse vir a ser pendurado uma varanda pela ostentação de tal sinal evidente de riqueza.
Um belo dia, e após uma bem sucedida manhã comercial, trazia eu algumas notas de encomenda devidamente assinadas e resolvi ir almoçar a casa dos meus Pais.
Goraram-se-me os planos pois, por volta do meio dia, em Benfica, fui vítima de assalto violento à mão armada e raptado para lugar bem ermo, algures perto dos Viveiros de Rosa Bacará .
Confesso que senti a precaridade da vida e cheguei mesmo a imaginar um fim inglório e injusto para quem tanto lutava por a gozar …..
Felizmente que ao fim de várias horas me vi livre daquele pesadelo não sem que tenha adoptado desde logo comportamentos defensivos que me acompanham e acompanharão para o resto da minha vida .
Fiquei , contudo, com a indelével recordação de ter usufruído dum automóvel que a IBM me permitiu adquirir num misto de necessidade e prazer.
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