terça-feira, 4 de novembro de 2008

IBM 1938-2008

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Passa hoje, 4 de Novembro, o septuagésimo aniversário da Companhia IBM Portuguesa.
Já é uma senhora de idade muito respeitável mas, nos dias que vão correndo, a longevidade é cada vez maior. Parabéns e que conte muitos...
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Saudação emitida pelo Country General Manager:



Caros colegas,

A IBM cumpre hoje 70 anos de existência em Portugal.

Foi no dia 4 de Novembro de 1938 que abrimos portas no nosso país. Éramos então 3 colaboradores, num pequeno escritório na Rua Augusta, servindo um número contado de clientes do sector público.

Sete décadas volvidas, o cenário é hoje bem diferente. Na nossa dimensão, na dimensão social, na dimensão do mercado. Mas há aspectos que, na Companhia, tudo fazemos para preservar. Os nossos valores, o profissionalismo e a dedicação que colocamos no nosso desempenho, a excelência de qualidade no serviço prestado aos nossos clientes.

Esta é a forma como, no dia-a-dia, nos empenhamos em inovar, excedendo-nos na nossa capacidade de realização e fazendo-nos sentir o quanto somos uma empresa que se pauta por um contributo sustentado para o equilíbrio de pessoas, proveitos e planeta.

Num contexto em que sobriedade e ponderação se impõem queremos, desta forma, brindar consigo, parte importante dos nossos 70 anos de história, a uma IBM que tudo fará para continuar a ser um parceiro de confiança, agora e no futuro.

Em nome da Companhia IBM Portuguesa, S.A. e em meu nome pessoal, aceite os nossos melhores cumprimentos, aqui associados a um grande voto de agradecimento pelo seu contributo para a IBM que hoje somos e queremos continuar a constituir.

José Joaquim de Oliveira

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3 comentários:

manuela serra disse...

Enfiei a camisola amarela da IBM, sempre do avesso ou amarrotada porque mal largava o escritório ia para outras coisas que me interessavam mais. Era apenas um local donde tirava uns tostões, em troco do meu trabalho, para ir vivendo...

Passados estes últimos anos, já fora dela, noto e sinto um grande orgulho de ter sido o único emprego de que fui assalariada.

Hoje faço outras coisas de que gosto muito mais, poderei dizer até que adoro... mas a IBM é sempre uma espécie de "patria"...
distante, sem desejos de continuidade ou de lá morar mas sempre uma pátria" (um pouco piroso e kitsch este meu sentimento mas é verdade, é o que sinto).

Nunca me lembro desse passado, nem com nostalgia nem com alívio mas como uma fase agradável (na sua maioria de anos) e uma coisa boa e leve que me aconteceu na vida.

Na verdade, repito, sinto orgulho de lá ter trabalhado!

E 4 de Novembro faz 70 anos! Logo no dia da reviravolta nos USA ...

Também eu recebi esta carta do José Joaquim... Já tinha saudades (lá vem o kitsch de novo) deste tipo de missivas.

Mas, acreditem, ando por outras paragens e, sinto que a impessoalidade que se sentia naquele meio era a sua grande qualidade.

Qualidade essa que não se encontra nos outros meios e que os torna, se bem que mais sedutores, mais mesquinhos e pequeninos.

Parabéns pois, à "nossa" IBM de que sei que todos gostaram de contrário este blogue não teria existido nem teria tido comentadores e colaboradores...

António Matos disse...

Já o disse noutras ocasiões e não seria bonito desdizer agora por motivos de mera ciumeira.
Saí da IBM há já um par de anos, mas não tantos ( nunca o serão ) que me façam esquecer o que de bom me foi dado viver nessa casa.
Saí porque achei que teria chegado a minha hora para essa opção, tendo por base aquela teoria que o desportista e o político devem saber retiar-se ...
Na IBM nem fui político nem desportista mas interiormente comungo dessas e doutras boas práticas.
Porém, sempre fui de opinião que as pessoas é que fazem as empresas e não tanto o inverso.
Não saí magoado com ninguém e deixei atraz uma imagem da qual me posso orgulhar.
Ao ler as palavras da Manuela ( olá Manuela, tudo bem ?) não pude deixar de constatar, uma vez mais, que a administração é constituída por homens que se esquecem de algumas pequenas cortesias para com aqueles que deram o melhor do seu esforço em prol da defesa daquelas 3 letrinhas através duma dedicação à prova de qualquer sacrifício pessoal, familiar, lúdico até, e são votados ao mais incompreensível ostracismo.
Pois meu caro José Joaquim Oliveira, cá registo que os meus quase 30 anos de empregado IBM não foram suficientes para receber uma mísera carta alusiva ao 70º aniversário da empresa em Portugal.
Claro que esta "desconsideração" vem na sequência de todas as outras semelhantes face às quais o procedimento foi sempre o mesmo.
Lembrando-me eu dos tempos em que andavas pelos corredores entre o bloco C e o D a empurrar um carrinho com os cartões perfurados para preparares os respectivos processamentos, registo com agrado que evoluíste profissionalmemnte ainda que não perceba a falta de consideração.
Fica o desabafo.

Mariano Garcia disse...

Os meus cumprimentos para o Fernando, a Manuela, o António e para todos os demais que se aproximem para participar desta efeméride.
Acho que ficou bem ao Fernando lembrar-se de incluir aqui a saudação à "velha Senhora" (antes chamava-mos-lhe "madrinha", lembram-se?) pelos seus vetustos 70 anos. Eu também recebi a carta e pensei que teria sido uma "geral" para toda a gente, pois não me considero dos que mereçam qualquer distinção. Poucas recebi durante os 33 anos da minha vida que a "ela" dediquei, numa relação misto de vários sentimentos onde sempre ressaltaram a seriedade, lealdade e empenhamento profissional. Cheguei lá já adulto, conhecedor da vida e profissional feito, mas também ali aprendi muito, porque levo a vida a aprender. Não fui um vencedor, não me realizei inteiramente, mas não me considero um falhado. Amigos, sim, fiz muitos e isso é o que mais prezo.
Voltando à carta... é pena que a "crise"(?) tenha limitado a comemoração a uma simples carta... que nem todos receberam!
Curiosamente estivemos (alguns) reunidos em almoço, precisamente no dia 4 e ninguém lembrou tal data, o que foi pena. Nem os presentes nem os restantes oitenta a quem lembrei a realização do repasto, com a devida antecedência.
Antigamente, estas datas davam lugar a uma cerimónia comemorativa, para a qual não deixavam de ser convidados os já reformados da Companhia. Agora, uma simples carta... sinal dos tempos!...
P.S. Parecendo-me injustiça que a carta não lembre os nomes dos "três primeiros", estou editando um post com a referência a, pelo menos, dois deles.