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Será que alguém sabe datar este comunicado eleitoral do Clube IBM ?
sábado, 29 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
O FIM DO CLUBE IBM
Clube IBM - últimos anos
Quando, no texto sob o título “O Clube IBM nas Corridas Pedestres”, apelidei de “MISTERIOSA” a extinção do Clube, tinha como objectivo “provocar” alguns comentários sobre essa discutível afirmação, ou seja, que, por isso, surgissem algumas questões ou esclarecimentos sobre aquele fim “não anunciado”. Como, até agora, tal não aconteceu, acho que devo explicar o porquê de ter recorrido a letras maiúsculas para ilustrar a surpresa sobre o desaparecimento de tal associação, até porque muitos dos colegas, provavelmente, nem se aperceberam do facto, uma vez que já não pertenciam ao “activo” da IBM.
Na história do Clube IBM, como aconteceu com outras agremiações do género, houve alguns altos e baixos, tal como já foi aflorado em mensagens neste “blog”, tendo, naturalmente fruto das lutas entre as várias tendências políticas, atingido, julgo eu, um melhor nível, e mais constante, a partir do 25 de Abril. É sabido, e reconhecido, que para o êxito das iniciativas de maior impacto muito contribuiu a disponibilidade, e interesse, da administração da IBM, independentemente da cor “mais ou menos avermelhada” que se atribuía aos elementos dos corpos gerentes do Clube.
Embora não tenha presente todos os elementos que fizeram parte da penúltima direcção do Clube, aqui ficam alguns nomes – Manuel Diogo, Joaquim Bação, Pedro Albuquerque e Quintas Belo.
Tal como o Redondo relata na proposta apresentada pela CT, em 1984, pedia-se à IBM um empréstimo, para aquisição de carro, no valor de 400 contos que, como é sabido não mereceu a aprovação da administração. Por essa altura, e com alguma surpresa, pois não era habitual tal prática, a direcção do Clube foi convocada para uma reunião com os representantes da administração, onde, como ponto prévio, nos foi exigido “total segredo” sobre o que ali iria ser tratado. Embora tal pedido nos levasse a pensar que a proposta “trazia água no bico”, não nos restava outra solução, para termos acesso ao seu conteúdo, teríamos de aceitar. Tratava-se de conceder um empréstimo aos empregados, para aquisição de “aparelhagem de vídeo”, tendo o Clube de suportar a carga administrativa daí resultante. Perante tal situação, pedimos algum tempo para, com toda a direcção, analisarmos a sugestão que, como era evidente, pretendia “contornar” o pedido da CT, com valores mais baixos, e contribuir, ao mesmo tempo, para o descrédito da mesma. Como estavam em causa possíveis benefícios para todos os colegas, entendemos que, só por nós, não devíamos rejeitar tal proposta. Assim, apresentámos a posição saída da reunião de direcção – O Clube convocaria uma assembleia geral para apreciação da proposta (empréstimo) e, se tal fosse aprovado, assumiríamos, apesar das dificuldades, o controle administrativo da mesma.
Claro que a sugestão não foi aceite pela companhia, uma vez que o plano teria de ser aceite por nós e não pelos colaboradores! Desta forma, e para que não constituíssemos um obstáculo à concretização de tal plano, que poderia interessar a grande número de empregados, e porque, certamente, as relações entre as duas partes iriam ser afectadas pela nossa negativa, resolvemos não apresentar qualquer lista á eleição, que se aproximava, dos novos corpos gerentes do Clube, empenhando-nos, no entanto, na motivação de vários colegas para que fosse apresentada, pelo menos, uma lista a votação. Embora não esteja certo, julgo que a última direcção foi eleita em 1984/85, e, tal como prevíamos, a proposta da Companhia foi posta em prática através do Clube, certamente que ainda estamos recordados desse empréstimo.
Apesar de não integrarmos os novos corpos gerentes, eu e o Albuquerque, continuámos a colaborar com o Clube, no que tocava às Corridas Pedestres, Excursões, etc..
Certamente pelo arrefecimento das lutas partidárias, a atenção sobre o funcionamento daquele órgão também esmorecia, por tal facto, aparentemente, ninguém se mostrava interessado em exigir o cumprimento do expresso nos estatutos, principalmente no que tocava à apresentação de contas e marcação de eleições (de três em três anos).
Para a apresentação dos nossos projectos, uma vez que envolviam algum dinheiro, tínhamos alguns contactos com a direcção do Clube, principalmente com o seu presidente que, a certa altura, parecia ser o único responsável “operacional”, sem que notássemos dificuldades superiores às habituais (o dinheiro era sempre pouco). No entanto, nos últimos meses da minha colaboração com a IBM, as coisas tornaram-se mais difíceis, para além de circularem notícias sobre a falta de pagamento a alguns fornecedores, sendo o exemplo mais falado a “Livraria Barata”. Como estava em marcha a saída de vários colaboradores, como era o meu caso, o elenco directivo, na prática, deixava de existir, não havia quem se responsabilizasse por explicar, mesmo informalmente, o que se passava. Perante tal situação, e de acordo com os estatutos, procurei convocar a Assembleia Geral, reunindo, com alguma dificuldade, as 50 assinaturas necessárias para entregar ao (à) Presidente da Mesa da Assembleia, que, pasme-se, não aceitou o pedido, dizendo que não tinha nada a ver com o Clube e que, se quisesse, o entregasse ao Cerejeira. Por outras palavras, o Clube já não existia!
Apesar de aquele colega, em termos formais, nada ter a ver com o Clube, perguntei-lhe o que se passava, tendo obtido uma resposta, no mínimo caricata - o Clube tinha interrompido a sua actividade. Claro que nada valeu argumentar que tal só poderia ser decidido em Assembleia Geral convocada para o efeito.
Naturalmente que a saída de um grande número de empregados no fim de 1997, onde me incluí, deixou no ar o “MISTÉRIO” - porque se interromperam as actividades, com que bases, e o que foi feito dos pertences daquela associação.
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
CLAC - Natal 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Natal de 1982
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
O Clube IBM nas Corridas Pedestres
Em 1980, um grupo de “dissidentes” das habituais futeboladas, entre os elementos da IBM e da Danfoss, que duas vezes por semana se realizavam no estádio 1º de maio, dava origem à equipa de corredores do Clube IBM. Embora o número de elementos, que com mais frequência aderiam às corridas à volta daquelas instalações, tivesse alguma variação, de acordo com a capacidade de resistir às solicitações dos futebolistas, principalmente quando as equipas se apresentavam “desfalcadas”, o núcleo principal era constituído pelo Manuel Diogo, Quintas Belo e Zé Eduardo. Aquelas corridinhas tinham apenas como objectivo a prática de uma actividade física, onde as “caneladas” não marcassem presença. No entanto, o encontro ocasional, com o Guilherme Pereira Lopes, quando, após uma das sessões de treino à hora de almoço, regressávamos ao posto de trabalho, veio alterar os nossos planos, uma vez que aquele colega, já tinha participado em várias provas de estrada integradas no recente movimento de “corridas populares”, nos convidou para “alinharmos” na próxima, uma “meia maratona” que se iria disputar em Paços Negros, próximo de Almeirim. Assim, no dia 26 de Julho de 1980, pelas 18 horas, e após um almoço “à altura” no conhecido “Toucinho”, em Almeirim, a equipa do Clube IBM, constituída pelo Manuel Diogo, Guilherme Lopes e Quintas Belo, apresentava-se na linha de partida, para aquela que seria a primeira de um grande número de participações em provas, durante mais de 25 anos, ou seja, até à “MISTERIOSA” extinção do Clube.
Q.Belo, P.Lopes, M.Diogo
Ainda nesse ano, após as férias, participámos em mais 7 provas, meias maratonas de S.João das Lampas, Nazaré e À-dos-Cunhados, cabendo a estreia internacional à “Carrera Pedestre de Santiago de Compostela”. Em Setúbal, numa prova com a distância anunciada de 15 Kms, mas que devia ter 18, pelo menos, registámos a primeira peripécia digna de registo, não só pela prolongada ansiedade gerada no seio do grupo, numa primeira fase, mas também pelos jocosos comentários e muitas gargalhadas que tiveram lugar após a conclusão da prova. O António Mestre, que queria fazer a estreia naquelas andanças, embora não treinasse assiduamente (era daqueles que cedia aos apelos do futebol), apresentou-se, eufórico, naquela tarde de sábado, disposto a participar na prova, pois até tinha feito um treino de 15 kms no dia anterior (para ter a certeza que aguentava aquela quilometragem). Enfim, lá iniciámos a corrida, com uma volta á pista do Estádio do Bonfim, local onde regressámos após gastarmos bastante mais tempo do que o previsto, resultado, certamente, da maior distância percorrida (não havia GPS). Embora separados, como na maioria das provas, os elementos do grupo foram chegando, faltando apenas o Mestre, cuja demora, numa primeira fase, não admirava, uma vez que estava a fazer a estreia, mas, o atraso começava a ser exagerado e a tarde começava a dar lugar à noite, motivo, mais que suficiente, para que pensássemos o pior, principalmente o Diogo que, mais impaciente, corria entre a meta e a entrada do estádio, na esperança de vislumbrar o colega em falta. Quando a ansiedade já dava lugar ao desespero, eis que surge, aos zig-zags, o tão desejado parceiro que, abraçado pelo Diogo, assim percorreu os últimos metros da prova. Passados alguns minutos, e após a reposição dos “níveis” numa cervejaria próxima, entre risadas, contávamos ao Mestre, o que tínhamos pensado enquanto esperávamos, e como ele tinha entrado no estádio, ao que ele respondeu, para nossa surpresa - não me lembro de ter entrado no estádio!
Nos anos seguintes, o número de provas, que mereciam a nossa presença, nunca ficava abaixa de 25, e o grupo ia engordando, passando a contar com outros “bate-estradas”, como alguns colegas, pejorativamente, nos apelidavam: Carlos Penedo, Joaquim Bação, João Martins, Pacheco do Passo, Manuel Pedro, Pedro Albuquerque, Corte Real, José Dionísio, Fernando Redondo, Susana Alvarez e, com uma ou outra participação, Gigon, Mário Pereira, Catry, Paulo Ponce, Carlos Sardo, Pedro Ivo.
O movimento das corridas populares também se alargava, contemplando várias localidades do país e, de uma forma natural, as camisolas azuis com o emblema do Clube IBM, marcavam presença na maioria das provas, principalmente naquelas que contemplavam as distâncias de 21 quilómetros (meia maratona).
Apesar de naquele tempo alguns entendidos na matéria considerassem um exagero correr a maratona, 42 Kms, “estivemos lá” (Maratona de Torres Vedras) logo no ano de 1982, sendo um novo pretexto para estendermos os nossos horizontes de corridas a outros países. Para quem não se lembra das famosas, e concorridas, excursões organizadas pelo Albuquerque, aqui ficam algumas referências: Nova Iorque, Orlando, Cuba, Londres, Paris, Madrid, Sevilha, Badajoz.
Colaborámos ainda, com esta vertente desportiva, em vários convívios do Clube, Vimeiro e Tróia, e, especialmente para os mais novos, em 24 de março de 1984, organizámos um torneio de corrida na pista sintética do Estádio de Alvalade, a partir do qual, e em provas de distâncias mais curtas, passámos a ter a companhia de alguns jovens, filhos dos nossos colegas (Firme, Belo, Banha, Fava, etc.). Durante 15 anos, participámos em mais de 300 provas e “palmilhámos” vários milhares de quilómetros.
Como dizia um nosso amigo, triatleta, foram (e ainda são) MUITOS QUILÓMETROS DE PRAZER!
António Quintas Belo
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
O primeiro abaixo-assinado do PREC na IBM
domingo, 9 de dezembro de 2007
Campanha de Marketing (4)
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
CT - contribuições voluntárias
Em Abril de 1982 a recém-eleita Comissão de Trabalhadores avançava com a proposta de uma "contribuição voluntária" por parte dos empregados da IBM no valor de 40 escudos.
A justificação apresentada foi a necessidade de custear as deslocações dos membros da CT eleitos no Porto (neste caso tratava-se da Maria Helena Figueiredo).
Este sistema vigorou durante alguns anos.
Para informar os empregados a CT usou o jornal Factos & Argumentos (número 1).
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quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Mais um WorkShop
Um Workshop de Negociação e Venda, Hotel Zurique (Lisboa), 13 e 14 de Julho de 1992.
Em cima: M.Marzagão, Francisco Abecassis, António Pires dos Santos, Jorge Gonçalves da Silva, Yvon Collas, ??, João Mourão, Jaime Bento, Carlos Silveira Pinto, Pereira Costa
Em baixo: Luis Trinité Rosa, Sérgio Carreira da Silva, Cristina Semião, Gonçalo Lacerda, Luísa Pires, Margarida Monteiro.
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domingo, 25 de novembro de 2007
Corrida Manteigas-Penhas Douradas
Hora da publicação: 20:21 0 comentários
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quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Breve historial dos primeiros dez anos da CT da IBM
De 1974 a 1978 a CT sofreu fortemente a influência do PREC. Na sua fase inicial, ainda sob a forma de "Comissão Executiva", teve uma composição marcadamente de esquerda e reflectiu os entusiasmos do momento.
Em Maio de 1975 as eleições para a CT foram ganhas por correntes mais conservadoras que se motivaram por reacção contra o domínio da esquerda, o que correspondeu ao movimento geral do país que culminou no 25 de Novembro.
Esta situação prolongou-se, embora de forma cada vez mais desmotivada, até 1978.
Em 1979 tomou posse uma CT que representava o retorno da influência de esquerda embora constituída por elementos com imagem partidária pouco vincada.
Deu-se início a um trabalho de reorientação da actividade da CT para temas “internos” e a ligação ao "movimento popular de massas" passou, em grande medida, a ser assegurada pelos delegados sindicais.
Em 1979 realizou-se o “Inquérito aos Empregados” endereçando temas como “package de transferências”, A&C, vagas, política salarial, benefícios sociais, carros de serviço.
Com base nos resultados do inquérito foi elaborado um conjunto de propostas de melhoria dos “benefícios sociais” em vigor na empresa e promovido um SPEAK-UP assinado por 276 empregados em Junho de 1981.
Nos anos seguintes essas propostas constituíram o pano de fundo da actividade da CT e foram mesmo, algumas delas, aceites e concretizadas pela companhia. Tal é o caso das extensões do “Plano Médico” à Estomatologia e Oftalmologia (Junho de 1981) e os “subsídios para os estudos dos filhos dos empregados” (Julho de 1982).
Continuaram a ser reivindicados sem sucesso durante este período o “Empréstimo dos 400 contos” e as melhorias do “Plano de Reformas”.
A CT eleita para o biénio 1982/1984, constituída por elementos conotados com os partidos à esquerda do PS, foi introduzindo com força crescente a questão da participação da CT no desenhar das soluções e a questão do acesso à informação, que a lei das CT’s, 46/1979, tinha formalmente consagrado. Esta evolução procedeu em paralelo com as análises e intervenções críticas da CT no plano da organização e situação económica da IBM e mesmo das práticas de gestão.
A CT tenta mesmo em 1983, através da recolha de assinaturas de 284 empregados adquirir o direito a discursar no “Kick-off Meeting”, reunião que no início de cada ano fazia o balanço dos resultados do ano anterior e esboçava a estratégia e o plano do ano seguinte. O discurso, que não chegou a ser proferido, foi no entanto publicado pela CT.
A partir de 1982 acentua-se a vertente de comunicação da CT com os empregados. O lançamento do jornal “Factos & Argumentos”, que viria a publicar dezoito números até 1989, constituiu uma viragem no estilo e influência do processo de comunicação. No segundo número do “Factos & Argumentos” (Maio de 1982) é feita uma análise crítica do OPINION SURVEY de 1980 como forma de “preparar” os empregados para uma nova ocorrência do programa que teria lugar em 1982 demonstrando, pela crítica ao tradicional simulacro de participação na gestão, que a CT apostava no reforço do espírito crítico dos seus representados.
A agudização dos temas da “falta de diálogo” e da recusa de prestação de informações pela Administração, colocando a CT numa postura muito mais agressiva, pode ter sido a causa de uma nova politização das eleições em 1984, as mais renhidas e dramatizadas durante os anos em análise. O próprio Administrador-delegado da IBM não se coibiu de dirigir uma carta aos empregados incitando-os a votar (26/3/1984).
Concorreram duas listas, claramente alinhadas à esquerda e à direita, e a CT para o biénio 1984/1986 resultou composta por quatro elementos da “lista de esquerda” e três elementos da “lista da direita”.
É no Verão de 1984, com esta CT em funções, que as tensões acumuladas redundam no “conflito das grelhas” em que a CT, suportada numa votação em Reunião Geral de Trabalhadores, procura forçar a Administração a tornar públicas as regras que determinavam anualmente as percentagens e prazos dos aumentos salariais dos empregados.
Desse “braço de ferro” resultou a suspensão, por seis dias, dos membros da CT conotados com a esquerda (Alexandre Reis, F. Penim Redondo, Ludgero Pinto Basto e Vasco Almeida) e a sua reacção em tribunal que se viria a prolongar até 1994. Nesse ano foi exarado o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que forçou a IBM a anular as sanções aplicadas e a pagar os montantes correspondentes aos dias de suspensão.
Hora da publicação: 15:27 0 comentários
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sexta-feira, 16 de novembro de 2007
A lista dos convocados
A certa altura havia o hábito de publicar na REVISTA IBM fotografias dos novos empregados. No princípio de 1987 figuravam estes seis colegas que tinham sido admitidos em 1986.
Tive oportunidade de trabalhar intensamente com dois deles. A Luísa e o Sérgio tornaram-se especialistas em CAD/CAM no grupo "Manufacturing", onde eu era o mais velho, e que obedecia em 1986 ao divertido e saudoso Carlos Melo. A Luísa foi eleita, tal como eu, para a CT em 1988.
Também trabalhei e convivi bastante com o Artur, o Nuno e o Marzagão. Boa gente.
Do Policarpo é que eu não me lembro muito.
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quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Manifestação virtual parece resultar
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One month after a virtual protest staged in Second Life with almost 2’000 avatars demonstrating on IBM islands, a new contract with IBM Italy has been signed.
The new agreement, which still needs to be approved by the IBM Italy workforce, reinstates the performance bonus that was cut unilaterally by IBM Italy management.
The agreement signed by IBM Italy and the trade union Rappresentanze Sindacali Unitarie (R.S.U.) not only includes the performance bonuses from 2007 up until 2010 but also payments by IBM into a national health insurance fund and also states that negotiations will continue with respect to IBM industrial and business strategies in Italy and the improvement of internal communication policies.
The situation abruptly improved and negotiation resumed after the former country manager left IBM in the mid of October, who had signed responsible for the pay cuts in the first place. His departure cleared the air and facilitated constructive negotiations between social partners as this could be expected from a professional management of a high-tech company.
The virtual demonstration organized on 27 September for a whole day has certainly had an impact on the positive development. Almost 2’000 virtual protestors from 30 countries populating IBM premises in Second Life solicited an unprecedented media echo from all over the world, including TV and radio stations, daily news papers, computer and business magazines. The virtual protest had been supported by global unions such as the International and European Metalworkers Federations (IMF and EMF) and UNI Global Union.
The threat of strike action in the “real world” by the Italian unions after the virtual protest has certainly also helped to break the deadlock. Yet, the impact of this historical action in Second Life must not be underestimated.
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domingo, 11 de novembro de 2007
A Direcção do Clube em 1973
Acabo de verificar que fazia parte da lista capitaneada pelo Capela Gordo e eleita para o Clube IBM em Março de 1973.
Esta direcção, como o próprio texto evidencia, sucedia ao "consulado" Mariano Garcia.
É engraçado ver como, em vésperas do 25 de Abril, eram encaradas as actividades do Clube.
Por exemplo o II Concurso de Fotografia, que deviam esperar de mim e do Luís Penedo, nunca chegou a acontecer.
(isto foi publicado no Notícias IBM nº12, no Verão de 1973)
Hora da publicação: 17:10 2 comentários
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Valha-nos S. Cristovão
A minha "devoção" a S. Cristovão, padroeiro dos viajantes, não me livrou de uma "Repreensão Registada".
Em 1989 o pessoal andava agitado por causa dos carros de serviço e eu, no meu activismo desenfreado, resolvi enviar uma mensagem do tipo "cadeia de santo" que se espalhou rapidamente por toda a companhia (ver texto mais abaixo).
As consequências dessa forma de luta pouco ortodoxa estão apresentadas na carta que também reproduzo.
Em Julho desse mesmo ano avançou um "Fale Francamente" colectivo (80 assinaturas) cujo texto e resposta, pelo Emonet, são reproduzidos de seguida
Hora da publicação: 18:10 0 comentários
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quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Campanha de Marketing (3)
Convenção de Copenhaga em 1972
Os colegas posam ao pé da sereia.
Primeira fila agachados: Collas, Duque, Raul Martins, Jaime Soares, ??, Alvarez
Segunda Fila: Grilo, Nelson Queirós, ??, ??, ??, Alvaro Ferreira, Alexandre Herculano,??, Teixeira
Terceira Fila: Célio Moura, Soares Franco, Guevara, Carneiro, ??, ??, Gralheira, ??.
Os pontos de interrogação mostram bem como a memória é frágil.
Hora da publicação: 08:35 5 comentários
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segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Discurso de Carvalhas em 1975
Aqui fica um documento que considero muito interessante. O manuscrito do discurso feito por Carlos Carvalhas no Encontro Europeu de Empregados da IBM que teve lugar na Gulbenkian em Junho de 1975. (clicar nas imagens para ampliar cada uma das páginas).
A importância deste documento transcende os aspectos particulares da IBM pois dá-nos a ideia do que pensava o então Secretário de Estado do Trabalho da situação política e sindical do momento.
Hora da publicação: 19:31 1 comentários
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quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Administradores Delegados até 1988
A galeria dos Administradores Delegados publicada na REVISTA IBM na primavera de 1988. Dela constam Alves Martins, Douglas Worth, Gilbert Tortel, Lima Bastos, Robert Dunkel, Robert Hervalet e Sobral Dias.
Hora da publicação: 14:06 3 comentários
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segunda-feira, 22 de outubro de 2007
O primeiro curso de vendas
Realizado em 1967, num Hotel de Lisboa, o primeiro curso de vendas reuniu, para além de alguns (para mim) desconhecidos, os seguintes colegas cujo nome recordo: Alves Martins, Januário, Manuel Coentro, Alexandre Herculano, Alão Baptista, Morais Sarmento, Gândara...
Quem me ajuda com os nomes dos restantes ? (clicar na foto para ampliar)
A fotografia foi publicada pela REVISTA IBM, por altura do 50º Aniversário da IBM, na primavera de 1988.
Hora da publicação: 10:52 14 comentários
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sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Um ovo pascal original
Já deverá ser uma raridade este autocolante distribuído aos empregados pela CT da IBM, por altura do 50º aniversário da Companhia, na proximidade da Páscoa de 1988.
Este ovo pascal trazia no bojo, a querer saltar cá para fora, o "Prémio de Aniversário" para todos os empregados proposto pela CT com o valor de "200 contos".
As comemorações do cinquentenário decorreram à sombra do conflito entre a CT e a Administração, tendo mesmo a CT boicotado as festividades.
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
Campanha de Marketing (2)
Hora da publicação: 18:54 1 comentários
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sexta-feira, 12 de outubro de 2007
O fenómeno "CT da IBM"
Existiu Comissão de Trabalhadores na IBM, ininterruptamente, nos vinte anos decorridos entre 1974 e 1994; desde a Comissão Executiva nascida nos alvores do PREC até à sua versão madura que em 1993 ainda tinha energia para realizar o paradigmático “Inquérito – Imagem da Gestão” (uma assembleia de voto em que os empregados classificaram os membros do "Board of Directors").
A primeira questão que se levanta é a de perceber o porquê da persistência desta estrutura representativa dos trabalhadores, muito para além do prazo que as condições salariais e profissionais, as características da empresa e a prática nas suas congéneres permitiriam augurar.
Em nosso entender as razões, sendo múltiplas, deverão ser enquadradas pelos seguintes factos:
- O estilo de funcionamento da CT consistiu na disputa, à hierarquia da IBM, da influência sobre a “opinião pública” evitando cuidadosamente a radicalização dos processos e apostando na credibilidade da comunicação. A única excepção a esta regra foi o “caso das grelhas” ocorrido em 1984 e que só foi resolvido por acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 1994.
- As “bandeiras reivindicativas” empunhadas pela CT ao longo dos anos acompanharam de perto, e adaptaram-se, às vicissitudes económicas da empresa
- As relações profissionais e os padrões de desempenho típicos da IBM constituíram uma “base cultural” favorável ao funcionamento consistente da Comissão de Trabalhadores.
- A célula do PCP, organização que mais velou pela sobrevivência da CT da IBM mesmo quando brevemente na “oposição”, revelou uma peculiar coesão e persistência.
- Passado o período inicial do PREC a actividade da CT foi sistematicamente isolada das vicissitudes partidárias e respeitou escrupulosamente o seu carácter “reivindicativo” embora a influência dos partidos continuasse sempre subjacente.
Vinte anos depois do 25 de Abril era já possível constatar, através dos resultados dos “Opinion Survey”, uma notória transformação na “consciência colectiva” dos empregados da IBM no que toca às relações com o seu empregador. Uma atitude condescendente e receptiva ao paternalismo ainda maioritária durante o PREC tinha dado lugar, no início dos anos 90, a uma notória ansiedade quanto ao futuro e a muitas dúvidas sobre a capacidade da empresa para vencer as dificuldades trazidas pelos novos condicionalismos do mercado.
Se é verdade que essa transformação não resultou exclusivamente da acção da CT também é verdade que, sem o seu trabalho de perspectivação, a profundidade das mudanças de mentalidade poderia ter sido menor.
Apesar de terem mantido sempre invejáveis níveis salariais e um generoso leque de benefícios sociais os trabalhadores da IBM foram tomando consciência do carácter excepcional das vantagens competitivas da sua empresa e habituaram-se a “subir a fasquia” de acordo com a dimensão invulgar que os resultados líquidos anuais iam patenteando. Para isso contribuiu a permanente atenção da CT relativamente às empresas nacionais congéneres e às sucursais da IBM noutros países, no âmbito do “sindicato internacional” IWIS – IBM Workers International Solidarity.
Quando no fim dos anos oitenta as vicissitudes do mercado e da tecnologia interromperam uma prosperidade que parecia acima de qualquer suspeita e a empresa teve que lutar pelo seu lugar de leader e, quem sabe, pela própria sobrevivência as reivindicações passaram a centrar-se na qualidade da gestão e na protecção dos trabalhadores contra a tentação de conseguir soluções fáceis sacrificando as regras de respeito pelo indivíduo que sempre tinham constituído património da IBM.
Embora a participação nas votações tenha diminuído ao longo do tempo é curioso verificar que os elementos eleitos para a CT pela lista vencedora obtiveram um número de votos idêntico em 1984 (no auge das disputas entre listas de “direita” e de “esquerda”) e em 1992 (quando oito anos depois já só a lista de “esquerda” concorria às eleições sem oposição).
Foi essa “base eleitoral” activa de cerca de 230 trabalhadores que permitiu manter a Comissão de Trabalhadores até 1994, correspondendo à necessidade de representação colectiva num período em que as mutações sociais e tecnológicas eram cada vez mais interpretadas como fontes de instabilidade.
A história deste percurso constitui demonstração, ao arrepio das concepções vulgares, de que é possível desenvolver uma actividade consequente de tipo sindical mesmo quando os destinatários auferem salários e regalias sociais muito superiores à média.
Os efeitos de tal actividade podem não ser decisivos para o efectivo nível de vida dos trabalhadores mas são certamente um grande salto na consciência da relevância da sua contribuição profissional para o processo de criação de valor.
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terça-feira, 9 de outubro de 2007
Programas com cartões de 80 Colunas
Apresento aqui uma tool usada não só pelos CE'S, como também pelos grandes programadores da altura, para que os "furinhos rectangulares" tivessem bem calibrados nos cartões.
Lembro aos mais novos, que todos os programas na altura eram feitos com milhares destes cartões, e bastava que se perdesse um deles, ou saíssem da ordem para que todo o programa se danificasse, por exemplo o não pagamento dos salários de enormes fabricas, a gestão de uma produção fabril, a cobrança da ex CRGE aos seus consumidores de energia, Lisnave, Setenave, Fabrica de Lanifícios Simões, etc, etc.
Começou-se com perfuração com as "029", se não estou em erro, e se tiver corrijam-me, porque não estava na IBM, no inicio da década 60. Em 1980 ainda se utilizava algumas destas perfuradoras usando-as para recuperação de dados antigos, como por exemplo a CRGE e a ENI. Quem não se lembra destas empresas?
Lembro-me de alguns episódios, um deles era quando a leitora dos cartões estava a efectuar o trabalho para a saída de listagens com destino a pagamentos de salários, a máquina por avaria, acelerou, os cartões voavam pelo ar e se escondiam por tudo quanto era sítio, pairava uma tristeza em todos os presentes... nem calculam.... já não havia pagamentos de salários no dia seguinte. Todos os presentes, inclusive funcionários da IBM, CE'S e Programadores, passaram toda a noite de "rabo" para o ar a procura-los e apanha-los, para os colocarem por ordem. Mas não era um ou dois cartões, eram milhares deles, conseguiu-se com a colaboração de todos atrasar a entrega das listagens no Banco para o respectivo pagamento só em quatro horas, o que foi para todos nós uma vitória.
Júlio Branco
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Thomas Watson Sr. através do éter...
Na primavera de 1984 a revista "NOTÍCIAS" (que infelizmente se esquecia de indicar a data de publicação) trazia esta espantosa fotografia com esta legenda.
Tinha o seu quê de seita a IBM dos primórdios.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Tão jovens que nós eramos...
Dia 25 de Março de 1970 - Numa reunião realizada provavelmente no Hotel Flórida, a quase totalidade do pessoal presta atenção a uma comunicação, certamente importante, a avaliar pela atenção que lhe dispensavam todas aquelas cabeças pensantes (algumas já bastante descobertas). QUEM CONHECE QUEM ?
Arrisco identificar alguns dos colegas presentes: o José Alvarez, na primeira fila e na segunda, da direita para a esquerda: Jorge Fonseca, Álvaro Teixeira, J. Castro e Melo, Nuno Soares Franco, Jaime Soares. Na outra fila, Sampaio Martins(?), Júlio Freire, Mariano Garcia (de óculos!), Alexandre Herculano, Mendes Pinheiro. Mais para trás: Pina Coelho,Mário Mesquita, José Meira, Célio Moura, Nelson Queirós, Sá Couto(?). No lado esquerdo parece-me ver o Fernando Costa, o Santos Carneiro e o Macedo Franco.
Que me desculpem os outros que não reconheço, ou não lembro o nome.
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terça-feira, 2 de outubro de 2007
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Orgulho...
Margarida Valério e Luís Valério, em Dezembro de 1970
Naqueles tempos idos, vigorava a filosofia de valorização humana, implantada no início da Companhia pelo seu fundador senhor Thomas Wattson. Dava-se especial relevo à importância da IBM na família, e daí a existência do curioso prémio DUAS GERAÇÕES.
Creio que, em Portugal, o primeiro foi para o Bentes e sua filha, depois para o Luís e Margarida Valério e para o Alvaro e José Rita Teixeira. Não sei se os Vasconcelos, os Grilos e outros que vieram mais tarde ainda beneficiaram desta distinção ou se já se havia extinguido. Sei que tal delicadeza já estava há muito esquecida quando chegou minha filha, em 1990. Sinais dos tempos...
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007
AIS - Sistemas de Automação Industriais Lda
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terça-feira, 25 de setembro de 2007
Apresentação do Júlio Branco
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domingo, 23 de setembro de 2007
I Salão de Fotografia do Clube IBM
Em Março de 1972 teve lugar o "I Salão de Fotografia" do Clube IBM.
As fotografias concorrentes seriam depois expostas no átrio da Duque de Palmela.
Aqui fica a SAUDAÇÃO da Comissão Organizadora, constituída por três entusiastas da fotografia, com que abria o catálogo do concurso:
Parece-nos que um objectivo fundamental foi atingido: a coragem de vencer a apatia. Na verdade, a adesão de grande número de colegas à iniciativa, foi de molde a corresponder ao que podíamos, e devíamos, esperar de uma população associativa de grandes qualidades. Não interessava tanto, sem que isso se despreze, bem entendido, a técnica e a qualidade estética dos trabalhos conforme é evidente. Interessava, sim, PARTICIPAR. E participámos
Uma palavra para aqueles que se não decidiram a entregar trabalhos, embora tenham também colaborado por outras formas, na difusão, por exemplo: da próxima vamos entregar trabalhos! Vamos a colaborar de forma mais vincada, porque o êxito destas iniciativas é o êxito de todos nós!Não nos deixemos cair na monotonia, pois há sempre um momento para apreciar, de maneira pessoal, a beleza do mundo e das coisas!
Em breve será efectuada a exposição dos trabalhos. E também, dentro dum futuro não muito longínquo, começaremos a preparar o próximo (agora «já» o II Salão) quem sabe se extensivo a outros horizontes geográficos.
Na vida moderna, controlada, como nós bem sabemos, pelo ciclo de base e instruções existentes em memórias de computadores, façamos, algures no espaço e no tempo, uma pausa, e apreciemos o mundo que nos rodeia. Fixemos esse instante numa fotografia (porque não!). E preparemo-nos para a apresentar no próximo II Salão de Fotografia do Clube do Pessoal da Companhia IBM.
A COMISSÃO ORGANIZADORA
Penim Redondo
Fernando Xavier
Luís Penedo
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sábado, 22 de setembro de 2007
A FÁBRICA DE CARTÕES
Na pré-história da informática, então chamada de mecanografia todo o processamento de dados era gerado com base em cartões perfurados (não os de 96 colunas já aqui apresentados, mas os de 80 colunas), conhecidos universalmente pelo uso que lhes era dado pela companhia do gás e da electricidade. Estava-se então em 1940 e eram conhecidos por "cartões para máquinas estatísticas". Como supply indispensável que era, a IBM instalou em Portugal a sua fábrica, a partir de cartolinas rigorosamente calibradas que importava do Dinamarca e da Alemanha. Já nos anos 60, ainda era o cartão perfurado a base de programação e construção de ficheiros para o computador 1401.
CURIOSIDADE (à parte):Foi na 1401 que me iniciei na programação e conheci uma curiosa especialidade que era o punch-feed-read, característica que permitia ao computador perfurar no mesmo cartão, em plena viagem de leitura, o resultado dos dados que nesse cartão lhe eram introduzidos para cálculo e tratá-los conjuntamente com os restantes no mesmo programa. Era uma novidade espantosa, vejam bem!
Mas voltando à fábrica de cartões, que foi instalada na R. Leite de Vasconcelos, tendo sido sucessivamente transferida para a Rua da Beneficência, Rua D. Estefânia e, em 1963, para a Rua Duque de Palmela, onde a conheci e vi encerrar.
Na foto acima o A.Alves operando uma das máquinas de produção
O staff do IRD: José Manuel Carvalho (director), Raul Martins (delegado comercial) e Carlos de Almeida (chefe de produção)
Na pré-história da informática
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