quinta-feira, 27 de setembro de 2007

AIS - Sistemas de Automação Industriais Lda


Em Outubro de 1993 deixei a IBM, com um acordo que me permitiria regressar ao fim de dois anos, para fundar a AIS na companhia do meu amigo Alfredo Correia.
A IBM tinha cerca de 30 por cento desta distribuidora de software aplicacional para a indústria que também realizava projectos de implementação. Eu tinha, à partida, uma quota de 3 %.
Estivemos lá, eu e o Alfredo, até ao ano 2000.
Quando saímos a empresa, que passara a chamar-se Baan Business Systems, tinha crescido de 2 para perto de 50 colaboradores e fora vendida a um grupo holandês em 1997.
A IBM desinteressou-se do assunto, e vendeu a sua quota, em 1996.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Apresentação do Júlio Branco


Olá caros amigos,

Acabo de abrir aqui o meu blog. Tenciono ser o mais activo possível, sobretudo narrando as minhas memórias de realce, para que de algum modo, seja útil para todos os intervenientes. Passo a apresentar-me:

Fui um IBM'mer durante 30 anos, trabalhei na área de Hardware, por fim era um funcionário híbrido, fazia de tudo, hardware, software, e administrativo, era um funcionário multifacetado. Depois de me ter aposentado, em Junho de 2000, dediquei-me às minhas paixonetas, sobre as quais nunca tive oportunidade de me debruçar, motivado por aquela empresa nos ocupar o tempo além do horário habitual. Não se trata de lamentações, mas sim de avivar o quanto se trabalhava por "amor à camisola". Após a aposentação, dediquei-me naquilo que também era um apaixonado, numismática e coleccionador de rádios a válvulas, fazendo-os ressuscitar, que cuja profissão foi o meu inicio de carreira em 1959.

Por agora chega este cheirinho das minhas memórias, prometo que virão mais.

Júlio Branco

domingo, 23 de setembro de 2007

I Salão de Fotografia do Clube IBM

(capa do catálogo feita com uma fotografia da filha do Pacheco do Passo)


Em Março de 1972 teve lugar o "I Salão de Fotografia" do Clube IBM.
As fotografias concorrentes seriam depois expostas no átrio da Duque de Palmela.
Aqui fica a SAUDAÇÃO da Comissão Organizadora, constituída por três entusiastas da fotografia, com que abria o catálogo do concurso:

Parece-nos que um objectivo fundamental foi atingido: a coragem de vencer a apatia. Na verdade, a adesão de grande número de colegas à iniciativa, foi de molde a corresponder ao que podíamos, e devíamos, esperar de uma população associativa de grandes qualidades. Não interessava tanto, sem que isso se despreze, bem entendido, a técnica e a qualidade estética dos trabalhos conforme é evidente. Interessava, sim, PARTICIPAR. E participámos

Uma palavra para aqueles que se não decidiram a entregar trabalhos, embora tenham também colaborado por outras formas, na difusão, por exemplo: da próxima vamos entregar trabalhos! Vamos a colaborar de forma mais vincada, porque o êxito destas iniciativas é o êxito de todos nós!Não nos deixemos cair na monotonia, pois há sempre um momento para apreciar, de maneira pessoal, a beleza do mundo e das coisas!

Em breve será efectuada a exposição dos trabalhos. E também, dentro dum futuro não muito longínquo, começaremos a preparar o próximo (agora «já» o II Salão) quem sabe se extensivo a outros horizontes geográficos.
Na vida moderna, controlada, como nós bem sabemos, pelo ciclo de base e instruções existentes em memórias de computadores, façamos, algures no espaço e no tempo, uma pausa, e apreciemos o mundo que nos rodeia. Fixemos esse instante numa fotografia (porque não!). E preparemo-nos para a apresentar no próximo II Salão de Fotografia do Clube do Pessoal da Companhia IBM.


A COMISSÃO ORGANIZADORA
Penim Redondo
Fernando Xavier
Luís Penedo




(clicar as imagens para ampliar)

sábado, 22 de setembro de 2007

A FÁBRICA DE CARTÕES


Na pré-história da informática, então chamada de mecanografia todo o processamento de dados era gerado com base em cartões perfurados (não os de 96 colunas já aqui apresentados, mas os de 80 colunas), conhecidos universalmente pelo uso que lhes era dado pela companhia do gás e da electricidade. Estava-se então em 1940 e eram conhecidos por "cartões para máquinas estatísticas". Como supply indispensável que era, a IBM instalou em Portugal a sua fábrica, a partir de cartolinas rigorosamente calibradas que importava do Dinamarca e da Alemanha. Já nos anos 60, ainda era o cartão perfurado a base de programação e construção de ficheiros para o computador 1401.

CURIOSIDADE (à parte):Foi na 1401 que me iniciei na programação e conheci uma curiosa especialidade que era o punch-feed-read, característica que permitia ao computador perfurar no mesmo cartão, em plena viagem de leitura, o resultado dos dados que nesse cartão lhe eram introduzidos para cálculo e tratá-los conjuntamente com os restantes no mesmo programa. Era uma novidade espantosa, vejam bem!

Mas voltando à fábrica de cartões, que foi instalada na R. Leite de Vasconcelos, tendo sido sucessivamente transferida para a Rua da Beneficência, Rua D. Estefânia e, em 1963, para a Rua Duque de Palmela, onde a conheci e vi encerrar.
Na foto acima o A.Alves operando uma das máquinas de produção


O staff do IRD: José Manuel Carvalho (director), Raul Martins (delegado comercial) e Carlos de Almeida (chefe de produção)

Na pré-história da informática

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

IBM Sistema 3



Algures no início dos anos 70 (agradeço contributos para precisar esta data) foi lançado o Sistema 3 que, entre outras coisas, trazia a novidade dos cartões perfurados de 96 colunas. Guardei esta recordação desses tempos.




quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Noticias IBM - Portugal

Estavamos em 1969 e a IBM registava e seu pleno crescimento. O Departamento de Comunicações foi criado e com ele uma revista de informação interna cheia de vida e verdadeiramente humana e curiosa. Lá se relatavam as nossas festas, as Convenções, os "Jantares de Família", as admissões e prémios, os nossos casamentos e o nascimento dos nossos filhos.
A IBM era, então, uma Companhia de programas bastante saudáveis:Programa de Sugestões, Speak up, Open door, Clube Um quarto de Século, Clube de Reconhecimento Duas Gerações, Clube IBM, etc. Éramos já mais de duzentos, mas todos nos conhecíamos.

P.S. Poucos meses antes de tomar conhecimento da existência deste Blog, deitei fora quase toda a documentação e revistas que possuia quer da IBM quer do Clube

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Homenagem ao Ricardo Banha


Em 1971 o Ricardo recebeu o primeiro de vários prémios que a IBM lhe conferiu ao longo da sua dedicada carreira profissional. Mas o seu maior prémio era a consideração e a amizade que todos os colegas lhe dispensavam.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Primeiro Rally do Clube IBM

Luís Travassos, José Meira e Júlio Freire ultimam as classificações, observados por Alfonso Guevara


Do Notícias IBM de Abril/Junho de 1970:

“Êxito indiscutível, foi a classificação atribuída unanimemente ao “Rally Paper” do Clube IBM.
Trinta e oito carros transportaram cento e vinte e seis pessoas para a mais emocionante e divertida de quantas realizações o Clube levou a efeito até hoje e talvez a única que mereceu aplauso total de todos os participantes…”
“… a equipa vencedora, a quem foi entregue valiosa taça e medalhas, era constituída por Eduardo Plantier, Maria Edite Ribeiro, Ribeiro Filipe e Schaller Dias. Para o segundo também houve taça e medalhas, sendo António Leitão o único acompanhante de Ribeiro Filipe…”


A organização desta jornada ficou a dever-se ao esforço de José Meira, Júlio Freire, Luís Travassos e Mariano Garcia.

Da Informática à Política



Em 1984 o nosso colega Renato de Vasconcelos (pai), depois de uma carreira de management, resolveu escrever um livro.

O tema era bastante ousado mas, dado o carácter do seu autor, não provocou grande escândalo nem sequer quer na hierarquia da IBM.

Aqui fica, para memória futura, uma reprodução da capa e do índice (clicar as imagens para ampliar).

sábado, 15 de setembro de 2007

Memórias do Futuro (2)




Recentemente colegas da IBM Itália pediram um pequeno aumento salarial.

A empresa, além de não atender a solicitação, suprimiu um bónus de produtividade, o que resultou numa perda de 1.000 euros anuais para cada um de seus empregados.
Inconformado com a decisão,o sindicato está a organizar, na Second Life, a primeira greve virtual da história da internet.

Talvez o aumento só seja pago na Second Life mas que chamará atenção do mundo, não tenho a menor dúvida.

A convovação para a greve e um pedido de apoio de todos os sindicatos do planeta estão no site da Representação Sindical na Itália.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Encontro Europeu em 1975

a mesa do Encontro (Daniel Lourenço, F. Penim Redondo, Joana Lopes e Fernanda Bento) durante a intervenção do colega sueco

Em Junho de 1975, em pleno PREC, a CT da IBM em colaboração com a Comissão Sindical levou a e efeito um "Encontro Europeu" de organizações representativas dos empregados da IBM. Teve lugar na Gulbenkian, com tradução simultânea, com participantes vindos de França, Suécia, Espanha (franquista), Itália, etc.

Anos mais tarde viria a constituir-se a IWIS (IBM Workers International Solidarity), basicamente com os mesmos objectivos, mas com extensões fora da europa (EUA, Coreia, Japão).

A IWIS promoveu encontros em Atenas, Tóquio, Paris e Estugarda.
Voltaremos a este assunto.



Jantar de confraternização após o Encontro

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Olhó Robot...



No princípio dos anos 80 a IBM abordou o mercado dos robots para o abandonar alguns anos mais tarde (ver mais).
Na IBM em Portugal não havia, na altura, muito para fazer. Pedi ao chefe, o Carlos Santos Silva, que me deixasse investigar o assunto. E assim foi.
Durante algum tempo acompanhei esta área e participei em workshops em La Hulpe.
Em 1983 preparei uma apresentação interna sobre o tema (por incrível que pareça ainda não havia "power points").
Como os robots são, por definição, impessoais criei um conjunto de caracteres "manuscritos" na impressora de agulhas por forma a que os transparentes, feitos a partir da impressão, resultassem mais humanizados.
A página que figura mais abaixo era onde eu explicava os factores que se usavam na avaliação dos robots (se clicarem na imagem até conseguem ver os pontos produzidos pela matriz de agulhas da impressora).

sábado, 8 de setembro de 2007

Memórias do futuro


IBM brings clients to Second Life

«An online business centre will explore the potential of virtual worlds, including tech support and meeting facilities. Get ready to work in a "5D" environment.»

Ler mais aqui.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A primeira revolta electrónica da história.

Em 1991 a IBM, depois de um longo período de prosperidade, começava a mostrar evidentes sinais de crise em resultado dos erros de estratégia dos seus dirigentes. Em 1991 e 1992 a IBM registou prejuízos, algo de inédito, apesar de estar a reduzir o número de empregados desde 1985.

O texto de uma intervenção pública do presidente da IBM, John Akers, anunciando os maus resultados do primeiro trimestre foi colocada por um empregado, para discussão, num fórum electrónico a que tinham acesso centenas de milhares de empregados da companhia. É preciso recordar que os tempos da massificação da Internet ainda vinham longe.

O que se passou a seguir foi uma avalanche de milhares de intervenções de trabalhadores de todo o mundo, quer dos laboratórios quer das fábricas e também da área comercial, criticando não só as chefias intermédias mas o próprio presidente da IBM. A administração da empresa, atordoada, começou por bloquear os acessos mas depois, perante a onda de protestos, reabriu a discussão embora impondo algumas regras.

Passados alguns meses foi anunciada o afastamento de John Akers e iniciado um atribulado processo para encontrar um substituto para presidente da IBM.

(Clique na imagem para ver a ampliação da primeira página de um print do Forum)

Ver AQUI um referência internacional a este episódio
.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A despedida do Fernando Gonçalves

A Festa de Despedida em 199?, do Fernando Gonçalves, Caixa da IBM, no restaurante "O Guimarães" em Carnaxide (fotos cedidas pelo José Dionísio).


Fernando Gonçalves (o homenageado) , Felismina Ferreira e Manuel Reis.


Dona Zezinha ( a menina do chá e depois a menina do correio), Lurdes Marques, Margarida Matos , Darlindo Barreto, António Alves e João Casaca



Castro e Melo (então CFO) Gabriela Albuquerque Moreira, Lurdes Marques, Angela Brito, Rui Moreira

Manuel Diogo, Vanda Lopes Morazzo, Eugénio Sousa

sábado, 1 de setembro de 2007

A viagem a Brno

Foi assim que ficou conhecida uma passeata que um grupo de oito maduros fez, em Abril de 1994, antes de uma Convenção que teve lugar em Viena.

Quatro «meninas»: Fernanda Bento, Filomena Pedroso, Paula Conde e Joana Lopes e quatro «meninos»: Jorge Fonseca, José Barreto, Jorge Veiga e Miguel Mourão




A recordação que guardo – que guardamos – é que passámos meia dúzia de dias a rir à gargalhada.

Alugámos uma Ford Transit e fomos de Viena para a República Checa. A primeira paragem foi em Brno, onde chegámos absolutamente esfomeados aí pelas 3h da tarde (depois de uma madrugada à partida de Lisboa). Sem percebermos uma palavra do que o empregado de uma espécie de café nos propunha, fomos pedindo, com gestos hilariantes de parte a parte, que trouxesse o possível. Banqueteámo-nos e nunca mais parámos de rir.

Tínhamos reservado quatro quartos duplos num hotel de Praga. No momento do «check-in», o empregado tentou acasalar cada Mr. com uma Mrs. Quando explicámos que queríamos dois Mr. com Mr. e dois Mrs. com Mrs., começou por não perceber, julgo que empalideceu mas engoliu em seco .

Depois foram mil histórias, através da Eslováquia e da Hungria e, finalmente, a Convenção.

Jorge Fonseca valsando com uma vienense


Ainda nos encontramos às vezes para recordar (é tempo aliás de o fazemos de novo).

Foi certamente uma das viagens mais divertidas que fiz na vida.