sábado, 22 de setembro de 2007

A FÁBRICA DE CARTÕES


Na pré-história da informática, então chamada de mecanografia todo o processamento de dados era gerado com base em cartões perfurados (não os de 96 colunas já aqui apresentados, mas os de 80 colunas), conhecidos universalmente pelo uso que lhes era dado pela companhia do gás e da electricidade. Estava-se então em 1940 e eram conhecidos por "cartões para máquinas estatísticas". Como supply indispensável que era, a IBM instalou em Portugal a sua fábrica, a partir de cartolinas rigorosamente calibradas que importava do Dinamarca e da Alemanha. Já nos anos 60, ainda era o cartão perfurado a base de programação e construção de ficheiros para o computador 1401.

CURIOSIDADE (à parte):Foi na 1401 que me iniciei na programação e conheci uma curiosa especialidade que era o punch-feed-read, característica que permitia ao computador perfurar no mesmo cartão, em plena viagem de leitura, o resultado dos dados que nesse cartão lhe eram introduzidos para cálculo e tratá-los conjuntamente com os restantes no mesmo programa. Era uma novidade espantosa, vejam bem!

Mas voltando à fábrica de cartões, que foi instalada na R. Leite de Vasconcelos, tendo sido sucessivamente transferida para a Rua da Beneficência, Rua D. Estefânia e, em 1963, para a Rua Duque de Palmela, onde a conheci e vi encerrar.
Na foto acima o A.Alves operando uma das máquinas de produção


O staff do IRD: José Manuel Carvalho (director), Raul Martins (delegado comercial) e Carlos de Almeida (chefe de produção)

Na pré-história da informática

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