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Eu ainda sou do tempo destas coisas. Recebi formação de programação e operação mas, quando entrei "em produção", fui programar em COBOL no DCS.
Para quem não saiba: cada cartão tinha sido perfurado com dados sobre, por exemplo, cada um dos empregados de uma empresa.
Podiam efectuar-se:
- operações internas ao cartão (por ex. multiplicar os dias trabalhados pelo vencimento diário para encontrar o valor a pagar num dado mês) e perfurar novos campos no próprio cartão
- operações de agrupamento de valores (por ex. somar os vencimentos mensais de um departamento ou de toda a empresa) e perfurar um novo cartão de totais.
- para poder executar tais operações era preciso estar sempre a reordenar físicamente os cartões de acordo com a operação a realizar. Era uma operação lenta pois só uma "coluna do cartão" era ordenada em cada passagem.
Não admira que os computadores também tenham sido baptizados como "ordenadores". Nos primórdios, para calcular era sempre preciso préviamente ordenar.
Este filme é giro para mostrar aos netos.
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1 comentário:
Olha Fernando, falas com pormenor do "punch-feed-read" (espero dizer o nome correcto, porque cito de cor),uma operação que se realizava no sistema 1401, mais precisamente na leitora 1402, que dispunha de duas estações de leitura de cartões, sendo que a segunda servia simultaneamente para perfuração. Exigia uma programação complexa, tendo em conta o tempo de chegada do cartão à segunda estação, para que o resultado de um cálculo não fosse parar a cartão diferente. Poucos programadores o fizeram.
Quando passámos ao sistema 360, tudo isto ficou obsoleto e deixou de fazer sentido. Puxa!... como estamos velhos...isto é arqueologia informática.
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