segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O espírito OP transferiu-se, mais tarde, para o DP !


Quantos séculos nos separarão deste verdadeiro OEPI ( objecto escrevente perfeitamente identificado ) com o qual dei os primeiros passos numa carreira de vendas que viria a terminar com o advento dos seus parentes computadores, bem mais pequenos e bem mais poderosos ?

Não fosse sermos testemunhas priveligiadas dessa mutação e diríamos que os anos de permeio eram mais do que muitos !....
Naquela altura, na IBM em geral e na IBM Portugal em particular, vivia o seu apogeu uma divisão de negócio que fazia furor pela jovialidade, pelos resultados e, não menos importante, por uma sã loucura dos seus elementos - o OP.
Nos anos 80's ( do sec. XX ) coexistiam duas gerações no OP.
A dos veteranos ( Carlos Melo, Santos Carvalho, Fernando Alcobia, Barradas, Fausto Marques, Jorge Miranda, Seabra e Barardo Ribeiro ) e a dos mais novatos ( Adalberto Melo, Garcia de Matos, Lima e Silva, Gonçalo Fernando, Alexandre Belo, Lucas de Sousa, Carvalho da Costa, Abecassis, José André e Trinité Rosa ) .
Como sempre, o sangue novo fazia mossa nos mais velhos que se sentiam ameaçados com a garra daqueles.
Tentaram fazer impôr "a lei do mais velho" mas a irreverência dos jovens e um espírito de camaradagem à prova de qualquer suspeita cativaram os decanos sempre em prol duma imagem de marca do OP.

As histórias daqueles tempos são inimagináveis e só numa casa com a abertura duma IBM se poderiam manter ao longo dos tempos. E sempre com resultados consistentemente conseguidos.
Se os HPC's eram o culminar dum ano de sucesso, não menos importantes eram as verdadeiras tertúlias do dia-a-dia.
Os almoços no Petiskaky,
Os almoços no Tromba Rija,
As idas ao bingo de Badajóz com passagem por Montemor para se comerem umas coxinhas de rã,
Os banquetes na "nossa" mansão do Magoito,
As idas à praia nas manhãs de verão seguidas de tardes de grande labuta na preparação das estratégias de convencimento dos clientes, etc., etc., etc., tudo isso fazia parte daquela doce sabedoria de bem conciliar a vida profissional com a lúdica.

Estava tentado a fazer uma chamada de atenção aos actuais profissionais da IBM mas julgo despropositado pois vocês, meus caros, fazem parte duma nova era que se entretem muito a passar por cima uns dos outros desde que daí venham benefícios imediatos e isso não existia naquela altura.
Sou do tempo em que se arranjava um emprego para a vida ; vestia-se a camisola e era para sempre ! Ninguém deixava de fazer o seu clube por falta de resultados se outro colega houvesse com overachivement . O HPC era sagrado !
É evidente que a complacência dos Alves Martins, Luis Carvalho da Costa, e a partir daí toda a linha de management, se misturava com este espírito ou não fossem eles antigos vendedores !!!
Bem hajam !

1 comentário:

Júlio Branco disse...

Então e eu?... não se lembram de mim? Até contribui para vocês ganharem o HPC ao dar-vos informações de potenciais clientes para adquirim as ditas cujas máquinas de escrever. E cada venda concretizada ganhava 1 libra (ouro)!.. o que consegui ganhar num total de 7 libras (por acaso ainda as tenho), e uma viagem a LONDRES? É o que eu digo..... do grupo da ferrugem ninguém se lembra. Seus ingratos....
Júlio Branco