segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

1988 - Cruzeiro no Mediterrâneo ( Golden Circle )

Este meu artigo vem na sequência da total despreocupação cronológica na apresentação das minhas memórias.
Com ele farei uma pausa nestas minhas intervenções não só para poupar as minhas reservas mas também para que outros colegas apareçam na partilha de momentos tão importantes como os já apresentados.
Desta vez, porém, refiro-me a um dos Golden Circle de que usufruí.
Porque foram 4, convirá dizer que cada um de per si, teve o seu quê de emblemático, de verdadeiro glamour, de experiência irrepetível.

Como se sabe, era o único prémio IBM extensível ao conjuge e o ambiente que a IBM criava era, de facto, exemplar.
Uns passavam-se em sítios que podiam ser já nossos conhecidos mas, o charme e a fartura eram principescamente distribuídos pelo que registo deles as mais incontornáveis memórias.

Em Abril de 1988, embarcámos a bordo do paquete Eugénio Costa, da C Line, para um cruzeiro no Mediterrâneo.


O embarque teve lugar na baía de VilleFranche ( Nice ) mas a operação teve alguma duração pois o paquete estava ancorado ao largo e os passageiros eram transportados por levas sucessivas em grandes batelões. A entrada para o navio foi, posteriormente, feita pelas escadas exteriores à boa maneira dos filmes do século anterior ....

Esta era para nós, os Matos, a 1ª sensação do género ( passaram-se 20 anos e mantém-se como única experiência do género ).

Aquele condomínio fechado, de alto luxo, privadíssimo para a IBM, tinha capacidade para cerca de 2 000 pessoas mas, ao ser contratado pela IBM, levaria cerca de metade da sua capacidade.

Viajava-se durante a noite e acostava-se pela madrugada.

Durante o dia eram as visitas habituais nestas circunstâncias.

Entre as inúmeras ocasiões para mais tarde recordar registo a operação de simulacro de acidente onde percebemos que se houvesse borrasca, a coisa podia ficar negra pois das embarcações salva-vidas nem todas estavam operacionais.








Outra ocasião digna de registo eram as noites no bar onde havia sempre um de nós que fazia anos e vai daí, saia Moët Chandon para todos !








O Gala Dinner foi com pompa e circunstância !
O salão à média luz e a entrada dos criados em fila indiana com as cataplanas a lançarem chispas de fogo de artifício para o primeiro ataque às vitualhas, foi simplesmente fabuloso !












Finalmente o baile de gala era a cereja em cima do bolo que representaram aqueles dias nas nossas vidas.











Todos e cada um éramos recebidos na entrada do respectivo salão pelo comandante o que nos transpunha para o verdadeiro barco do amor .....








Saudades ? Mente que disser que não !!!

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