quarta-feira, 5 de março de 2008

Appraisals...

Não se consegue ler o que está neste organigrama da Avaliação de Professores, nem é preciso - basta ver a complicação do processo.

E dizíamos nós tão mal do A&C!!!


5 comentários:

F. Penim Redondo disse...

Não sei se viste o "prós e contras" mas nesse programa um especialista já desmontou esse argumento.
Segundo ele o esquema é complicado por conter também as inúmeras possibilidades de recurso.

Se fosse mais simples corria o risco de ser criticado por simplismo.

De qualquer forma eu esperaria (talvez ingenuamente) dos professores uma craveira intelectual superior à média.

Joana Lopes disse...

Não vi o P&C. Preferi o debate de nuestros hermanos que foi à mesma hora.
Seja como for, isto é uma loucura...

Anónimo disse...

Quando vou no meu automóvel e, contra tudo o que era previsível, ele pára, mudo e quedo, não me dando outra alternativa que não seja chamar o ACP ( porque sou sócio ) para resolver a simples questão da minha deslocação, não me passa pela cabeça, nem quero saber, as voltas que o mecânico tem de dar através do emaranhado de fios, circuitos, porcas desapertadas, tubos furados, enfim, até descobrir que, afinal, o mal era …. falta de gasolina !

Provavelmente, o dito mecânico teria seguido uma lógica de detecção de avarias que aos meus olhos será complicadíssima mas cuja complexidade a levo a crédito da minha ignorância mecânica.

A verdade é que, posto o automóvel a andar novamente, eu fico todo satisfeito e com vontade de dar a conhecer aos meus amigos aquele mecânico que, mais uma vez, me resolveu o problema.

Na questão dos professores parece-me haver alguma similitude nos processos.

Quero eu lá saber ( não sou prof !!!) se o processo é complexo ou não ! O que eu quero é que os tipos debitem para o aluno os seus conhecimentos de modo a que estes os assimilem com facilidade e de modo perene ( tanto quanto possível ) .

Se o fizerem, cumpriram os critérios de qualidade que os deverá catapultar para a caixa do organigrama que faz tocar a campainha dos €uros e vai daí alterar o recibo do vencimento.

Se não o fizerem, toca a marchar parado até perceberem como a coisa se faz. Mainada !

Já me custa muito engolir reinvindicações de que ai que d’el rei que me obrigam a trabalhar agora 35 horas !!! Mas que é isto ? Se bem me lembro, na IBM, no nosso tempo, éramos uns priveligiados pois só trabalhávamos 38h45m !! E vivíamos tempos de vacas gordas !

Cada vez que algum de nós faltava ou por motivos de férias ou de outro qualquer, substituíamo-lo e nem por isso recebíamos mais ao fim do mês ! Então os profs querem receber quando substituem um faltoso ?

Quem se der ao trabalho de ir, por exemplo, ao Expresso online e ler os comentários a esta temática, rapidamente verificará que a falta de nível e de consistência intelectual dos comentadores / trauliteiros não abona muito em favor dos professores e pena é que estes não venham a terreiro desmarcarem-se e pugnarem pela sua integridade moral.

Salvaguardando as devidas proporções e distanciamentos temporais, direi que estas manifestações são relativamente fáceis de organizar e de alcançarem os resultados que os seus mentores apregoam. Recordemos o que se passou na IBM quando se deu “um golpe de estado” que levou ao fim da sua cúpula gestora ! Bastou uma fotocópia “esquecida“ em 2 ou 3 fotocopiadoras numa pacata manhã para que o terramoto tivesse tido lugar !

Resumindo : não sejamos ingénuos e aguardemos os próximos episódios. Eu sei que o homem é fanático do FCP mas não considero tempo perdido ler Miguel Sousa Tavares no último Expresso

Garcia de Matos

PS – nas eleições, voto sempre naquele que no momento melhor salvaguarda os meus interesses ! Não obedeço a qualquer disciplina partidária pelo que não me colem agora ao PS nem ao governo !

Guilherme da Fonseca-Statter disse...

Uma das coisas que se aprendem nas primeiras aulas de Sociologia da Educação, e que se explica e "descasca" com os devidos promenores de causas e efeitos e factores e variáveis interveneientes (e o "raio que os parta aos complicaos"...) é que os efeitos (para avaliação dos professores) levam muitos anos (repito MUITOS ANOS) a vir ao de cima.
Não é correcto pôr num mesmo nível a avaliação de resultados em empresas comerciais com ciclos anuais de actividade, e "colectivos educacionais" (as escolas...) com ciclos de actividade CUJOS RESULTADOS só vêm de facto ao de cima ao fim de alguns anos.
Toda a actuação de organismos como a UNESCO ou a OIT, está imbuída deste tipo de "premissa": Os efeitos da aprendizagem escolar só se revelam - para mal ou para bem - ao fim de uns 10 anos. Mais coisa menos coisa.
Em todo o caso, como dizia uma professora minha amiga (já avó...) "dêem-nos uma mesma turma durante 3 anos e avaliem-nos ao fim desses 3 anos".
Ah... tanto quanto eu sei, essa sra., professora tem sempre votado PSD e é, por exemplo, admiradora do Cavaco Silva e da Manuela Ferreira Leite.

Rosa Redondo disse...

Caro Guilherme,

já o D. João II dizia que as coisas que demoram muito a produzir resultados devem ser iniciadas imediatamente.
Tu aparentemente defendes o contrário...